Internacional
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Países do G7 reconhecem Palestina antes da ONU e Israel reage

Os países do G7 anunciaram o reconhecimento da Palestina, com o Canadá fazendo seu anúncio em 21 de setembro, numa ação coordenada com Austrália, Reino Unido, França e Portugal. Esta iniciativa ocorre antes da Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York.

A liderança desta medida veio do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o primeiro membro do G7 a reconhecê-la. Em vídeo, destacou que essa ação visa preservar a esperança de uma paz baseada na solução de dois Estados, garantindo “um Israel seguro e protegido ao lado de um Estado palestino viável”.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, justificou o reconhecimento como um passo necessário para manter a solução de dois Estados. Apesar disso, a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Anita Anand, ressaltou que a normalização diplomática com a Palestina só ocorrerá após reformas democráticas e desmilitarização.

Em comunicado antes de sua ida à Assembleia Geral da ONU, Carney explicou que a decisão aconteceu diante das ações do atual governo israelense que, segundo ele, impedem a criação de um Estado palestino. Ele citou a expansão contínua de assentamentos na Cisjordânia, a invasão da Faixa de Gaza com consequente fome evitável em violação ao direito internacional, e a política israelense declarada de que “não haverá um Estado palestino”.

Carney ainda apontou que a solução de dois Estados, defendida pelo Canadá há décadas, vem sendo corroída pela ameaça terrorista do Hamas, pela construção acelerada de assentamentos em Cisjordânia e Jerusalém Oriental, pela violência de colonos contra palestinos e pela contribuição do governo israelense para a crise humanitária em Gaza.

De sua parte, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que apresentará na Assembleia Geral da ONU sua visão e “a verdade de Israel”. Ele disse que buscará uma paz verdadeira, definida como “paz através da força”.

Netanyahu lembrou que, após a Assembleia, onde vários países pretendem reconhecer a Palestina, terá um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem pretende discutir vários temas.

Em mensagem no início da reunião de seu gabinete, Netanyahu ressaltou que mostrará a verdade objetiva em sua luta contra as forças do mal e sua visão de paz baseada na força.

Créditos: Gazeta do Povo

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