Ministério da Saúde atualiza balanço de casos suspeitos de intoxicação por metanol
Até a noite de quarta-feira, 1º, o Ministério da Saúde, por meio do Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), registrou 43 casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil.
Do total, 39 casos ocorreram no Estado de São Paulo, com 10 confirmados, e outros quatro estão sob investigação em Pernambuco.
Houve um óbito confirmado em São Paulo, e sete casos permanecem em investigação, sendo cinco em São Paulo e dois em Pernambuco. Quatro ocorrências foram descartadas.
O número de possíveis intoxicações por metanol é considerado anormal frente ao histórico do Ministério da Saúde, que costumava registrar cerca de 20 casos por ano. A atual situação é, portanto, atípica.
A suspeita principal é que a intoxicação ocorreu pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Em São Paulo, pacientes estão internados e algumas mortes ocorreram após o consumo de destilados em bares durante confraternizações.
O governo paulista informou a interdição de seis estabelecimentos, entre bares, distribuidoras e adegas, localizados na capital e nas cidades metropolitanas de Mogi das Cruzes e São Bernardo do Campo.
Em Barueri, a vigilância lacrou um lote de 128 mil garrafas de vodca, que só será liberado com apresentação da documentação correta. Em Americana, a polícia realizou operação que prendeu duas pessoas e apreendeu cerca de 17,7 mil bebidas em um laboratório clandestino suspeito de adulteração.
As autoridades investigam se esses locais têm ligação com a contaminação por metanol.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública aponta a suspeita de envolvimento do crime organizado nas adulterações e colocou a Polícia Federal para conduzir as investigações. Em agosto, uma operação policial desarticulou um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) que usava metanol na fabricação e venda de combustível adulterado.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a situação é inédita e justifica a entrada da Polícia Federal no caso devido à suspeita de uma organização criminosa envolvida na adulteração das bebidas.
O Ministério da Saúde recomenda que estabelecimentos e consumidores estejam atentos à procedência dos produtos, evitando comprar ou consumir bebidas sem rótulo, lacre de segurança ou selo fiscal.
Créditos: Terra