Haddad comemora aprovação unânime da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quinta-feira (2) que a aprovação por unanimidade na Câmara dos Deputados do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que recebem até R$ 5 mil mensais foi “um golaço do Congresso”.
Haddad também afirmou que não espera obstáculos para a aprovação do texto no Senado Federal.
A votação na Câmara ocorreu na noite da quarta-feira (1º) e aprovou integralmente o projeto do governo federal. O próximo passo é a análise pelo Senado, seguida da sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que a medida passe a valer.
De acordo com o ministro, a iniciativa vai beneficiar 15 milhões de trabalhadores formais: 10 milhões deixarão de pagar IR com a ampliação da faixa de isenção até R$ 5 mil, e cinco milhões terão redução gradativa do imposto para rendas de até R$ 7.350.
Durante coletiva, Haddad foi questionado sobre a Medida Provisória que eleva impostos em setores como LCIs, LCAs, fintechs, apostas e empresas, inclusive juros sobre capital próprio. Ele explicou que a equipe econômica esteve negociando com líderes partidários ao longo da quarta-feira (1º).
Originalmente, a medida foi proposta para compensar a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que havia sido revogada pelo Congresso, mas restabelecida após decisão judicial. A MP faz parte da estratégia do governo para conter gastos e equilibrar as contas públicas em 2026, ano eleitoral.
A expectativa inicial é arrecadar R$ 21 bilhões em 2026.
Apesar de já estar em vigor desde junho, a MP precisa ser votada pelo Congresso até o início de outubro para não perder a validade.
O setor produtivo resiste às medidas, que representam aumento da carga tributária.
Após aprovação na Câmara com voto unânime dos 493 deputados presentes, o projeto prevê ainda alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. Também inclui compensação garantida pela União para estados e municípios não terem perda de arrecadação.
Créditos: g1