Brasil registra 59 casos suspeitos de intoxicação por metanol, com 11 confirmados
O Ministério da Saúde confirmou na quinta-feira (2) o aumento para 59 casos de intoxicação por metanol no Brasil, sendo 11 confirmados em laboratório e 48 em investigação.
Desses casos, 53 ocorreram em São Paulo, cinco em Pernambuco e um em Brasília (DF), ainda não incluso oficialmente, mas mencionado pelo ministro da Saúde.
Inicialmente, o ministro Alexandre Padilha relatou 12 casos confirmados ao incluir o Distrito Federal, mas posteriormente a assessoria corrigiu para 11 casos confirmados, pois o caso do DF segue em investigação.
Até o momento, houve uma morte confirmada na cidade de São Paulo e outras sete sob investigação: duas em João Alfredo e Lajedo, Pernambuco; três na capital paulista; e duas em São Bernardo do Campo.
O metanol é um álcool impróprio para consumo, podendo causar cegueira irreversível e morte. Os sintomas iniciais são semelhantes à ingestão de álcool comum, como náuseas e dor abdominal, mas podem evoluir para visão turva, convulsões e coma.
No Distrito Federal, o rapper Gustavo da Hungria Neves, conhecido como Hungria Hip Hop, foi internado no Hospital DF Star com sintomas compatíveis à intoxicação por substância tóxica. O boletim médico relatou cefaleia, náuseas, vômitos, visão turva e acidose metabólica. O caso está sob investigação e não há confirmação de intoxicação por metanol. O Ministério da Saúde também não confirmou que o paciente seja o rapper.
Durante a coletiva, Alexandre Padilha destacou que o etanol farmacêutico é o antídoto eficaz para o tratamento, desde que prescrito e acompanhado por médicos.
O governo federal já mantém estoques do produto em hospitais universitários e está ampliando a distribuição para garantir o acesso em qualquer estado ou unidade de saúde que necessite.
Além disso, Padilha informou que será realizada uma nova compra emergencial de 5 mil tratamentos. O ministério orienta profissionais farmacêuticos e já certificou 604 farmácias de manipulação no país para produzir o etanol farmacêutico.
Créditos: CNN Brasil