Paraíba registra primeira morte suspeita por intoxicação de metanol
A Paraíba confirmou a primeira morte suspeita por intoxicação com metanol. O caso trata de um homem de 32 anos que faleceu no sábado (4) no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, localizado a 126 km de João Pessoa.
O paciente, Francisco Rariel Dantas da Silva, deu entrada inicialmente no Hospital Regional de Picuí na sexta-feira (3), apresentando um quadro clínico grave com sintomas indicativos de intoxicação causada por bebida alcoólica adulterada.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba, foram tomadas todas as medidas previstas nos protocolos clínicos, incluindo o uso de antídotos. Apesar disso, o quadro do paciente agravou progressivamente, levando ao óbito devido às complicações.
As autoridades, Polícia Civil e a Agência Estadual de Vigilância Sanitária, atuam na cidade de Baraúna, onde o paciente residia, para investigar a origem da bebida consumida e adotar as providências de controle sanitário necessárias.
Também foi criado pela Secretaria de Estado da Saúde um Grupo de Trabalho com o objetivo de ampliar a fiscalização, inspeção e monitoramento sobre a circulação de bebidas alcoólicas adulteradas.
No dia do falecimento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que o total de notificações de casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol chegou a 127, abrangendo 12 estados. Destes, 11 casos tiveram confirmação laboratorial.
Paralelamente, o Ministério da Saúde intensificou o plano de tratamento. Foram adquiridas 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2.500 tratamentos com fomepizol, um antídoto eficaz contra essa intoxicação, que estão sendo importados do Japão para garantir atendimento em toda a rede pública.
Dada a crescente incidência de casos, especialistas aconselham a população a evitar o consumo de bebidas alcoólicas neste período. O governo federal também instalou uma sala de situação para acompanhar os casos de intoxicação.
Créditos: Folha de S.Paulo