Trump, Macron, Sánchez e Meloni vão ao Egito para cúpula de paz em Gaza
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, liderarão uma cúpula de paz em Sharm el-Sheikh, cidade egípcia, com o objetivo de encerrar o conflito na Faixa de Gaza e promover estabilidade no Oriente Médio. A reunião, agendada para a tarde de segunda-feira, contará com líderes de mais de vinte países.
Entre os participantes confirmados estão o presidente francês Emmanuel Macron, que viaja ao Egito para discutir a implementação do plano de paz, o chefe de governo espanhol Pedro Sánchez, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Pedro Sánchez tem sido um crítico da expansão da operação militar de Israel contra Gaza e apresentou em setembro um pacote de nove medidas para pressionar o governo de Benjamin Netanyahu a encerrar o conflito. O presidente espanhol já se posicionou em defesa dos palestinos, chegando a chamar a ação militar israelense de “genocídio”.
Por sua vez, Giorgia Meloni, líder de uma linha política de extrema direita, foi alvo de críticas por seu silêncio diante de protestos na Itália contra a guerra em Gaza. Durante a Assembleia Geral da ONU, Meloni reconsiderou sua posição e declarou que não se oporia ao reconhecimento de um Estado palestino, desde que ocorra a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a exclusão do grupo islamista de um futuro governo.
Na sexta-feira, o chefe da diplomacia egípcia Badr Abdelatty e o secretário de Estado americano Marco Rubio trataram dos preparativos para a cúpula, especialmente sobre a participação internacional e a implementação da fase inicial do acordo de cessar-fogo.
De acordo com esse acordo, em vigor desde sexta-feira, o Hamas liberará na manhã de segunda-feira os 48 reféns israelenses que permanecem em Gaza, alguns vivos e outros mortos. Israel, por sua vez, libertará 250 prisioneiros palestinos, incluindo alguns com penas perpétuas, além de aproximadamente 1.700 detidos desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
O Egito, junto com os Estados Unidos e o Catar, teve um papel fundamental nas negociações que levaram a esse cessar-fogo. A primeira fase do acordo fundamenta-se no plano de paz de 20 pontos proposto por Donald Trump.
Créditos: O Globo