PF prende empresário e influenciador em operação contra lavagem de dinheiro do tráfico
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (14 de outubro de 2025) o empresário Rodrigo Morgado e o influenciador digital Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, na operação Narco Bet. A ação, feita em conjunto com a Polícia Criminal Federal da Alemanha, visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas.
Estão sendo cumpridas 11 ordens de prisão e 19 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 630 milhões para enfraquecer a organização criminosa.
O grupo utilizava técnicas de lavagem de dinheiro que incluíam movimentações em criptomoedas e transferências internacionais para ocultar patrimônio. Parte dos valores teria sido direcionada a empresas do setor de apostas eletrônicas, as chamadas bets.
Os investigados podem ser enquadrados nos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação internacional.
Bruno Alexssander Souza Silva, o Buzeira, foi preso no município de Igaratá (SP). Ele é influenciador digital com mais de 15 milhões de seguidores e costuma promover plataformas de apostas online. As informações são do g1.
Rodrigo Morgado foi detido em seu apartamento na Ponta da Praia, em Santos (SP). Ele havia sido preso anteriormente durante a operação Narco Vela, por porte ilegal de arma, ocasião em que tiveram veículos de luxo apreendidos. Naquela ocasião, Morgado foi liberado após quatro dias e firmou um acordo para evitar processo.
A Narco Bet é um desdobramento da Narco Vela, deflagrada em abril de 2025 para combater o tráfico de drogas por via marítima a partir do litoral brasileiro.
A Polícia Federal identificou que o núcleo principal da organização criminosa operava na Baixada Santista, onde as drogas eram armazenadas e transportadas por lanchas até o alto-mar. Em seguida, a carga era transferida para pesqueiros e veleiros que seguiam até a costa africana para entregas a embarcações menores.
Créditos: Poder360