Trump e Putin concordam em nova cúpula para discutir guerra na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que ele e o presidente russo Vladimir Putin concordaram nesta quinta-feira (16) em realizar uma nova cúpula para tratar do fim da guerra na Ucrânia. Esse anúncio foi feito um dia antes da conversa de Trump com o líder ucraniano Volodymyr Zelenskiy.
Trump declarou que a reunião com Putin acontecerá em breve em Budapeste, após uma ligação telefônica que durou mais de duas horas e que ele classificou como produtiva. Até o momento, o Kremlin não se manifestou sobre o assunto.
O anúncio surpreendente ocorre pouco antes da visita de Zelenskiy à Casa Branca na sexta-feira, onde ele buscará mais apoio militar dos EUA, inclusive a possibilidade de fornecimento de mísseis ofensivos de longo alcance. Contudo, o tom positivo após o telefonema entre Washington e Moscou parece comprometer as chances de tal ajuda no curto prazo.
Tanto Kiev quanto Moscou intensificaram os ataques à infraestrutura energética, enquanto a Otan tenta responder às incursões aéreas russas.
Trump também afirmou que a reunião entre ele e Putin vai ocorrer após encontros de níveis inferiores entre os dois países, programados para a próxima semana. Ainda não há uma data definida para o encontro dos presidentes.
Em publicação na rede social Truth Social, Trump disse que informará Zelenskiy sobre as negociações feitas com a Rússia durante o encontro no Salão Oval, marcado para amanhã. Ele acrescentou acreditar que houve grande progresso na conversa telefônica.
A Ucrânia tem solicitado aos EUA o fornecimento dos mísseis Tomahawk, que teriam alcance suficiente para atingir Moscou e outras grandes cidades russas.
Trump, que é republicano e prometeu encerrar o conflito iniciado com a invasão russa da Ucrânia em 2022, expressou anteriormente frustração crescente com Putin a respeito dos ataques em curso. Ele ainda disse que poderia liberar armas de longo alcance para os ucranianos caso Putin não busque a negociação.
Recentemente, a Rússia lançou mais de 300 drones e 37 mísseis em ataques noturnos simultâneos contra a infraestrutura em várias regiões da Ucrânia. Em resposta, Kiev intensificou suas operações contra alvos russos, incluindo uma refinaria em Saratov.
Desde o início do conflito, a Rússia tem mirado repetidamente nas instalações de energia ucranianas, prolongando a crise ao longo de quatro anos.
Na quarta-feira, Trump declarou que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, teria se comprometido a interromper a compra de petróleo russo, e que os EUA pressionariam a China para fazer o mesmo. No entanto, a Índia não confirmou esse compromisso, embora relatórios indiquem que algumas refinarias indianas planejam reduzir gradualmente as importações russas.
Também na quarta, o secretário de Defesa americano Pete Hegseth afirmou que Washington imporá custos à Rússia devido à agressão contínua, a não ser que o conflito chegue ao fim.
Créditos: Agencia Brasil