Lula prevê acordo rápido entre Brasil e EUA após encontro com Trump
O presidente Lula declarou ontem, durante encontro na Malásia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está convencido de que um acordo definitivo entre Brasil e EUA sobre a taxação das exportações brasileiras será alcançado em poucos dias. Os líderes conversaram pessoalmente por cerca de 50 minutos, passando uma boa impressão, segundo Lula, que afirmou que “se depender do Trump e de mim, vai ter acordo”.
Lula comentou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, juntamente com o chanceler Mauro Vieira e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participarão das negociações.
A Casa Branca classificou a reunião como uma “grande honra” para Donald Trump, que afirmou confiar que “conseguiremos fazer acordos muito bons para ambos os países” e ressaltou a boa relação histórica entre Brasil e EUA.
O presidente brasileiro também utilizou a rede social X para relatar a conversa, que definiu como “ótima”, mencionando que discutiram a agenda comercial e econômica, e que as equipes iniciarão discussões sobre tarifas e sanções imediatamente.
Fontes diplomáticas informaram ao colunista Jamil Chade que os EUA desejam que o Brasil ceda em setores estratégicos para obter uma redução substancial das tarifas. Essa negociação incluiria compromissos brasileiros para beneficiar interesses americanos, como redução das tarifas sobre o etanol americano, acesso a terras raras brasileiras, compras governamentais e investimentos de empresas brasileiras nos EUA.
Durante o encontro, Lula se colocou à disposição para atuar como mediador na tensão com a Venezuela, enfatizando que a América do Sul é uma região pacífica. Segundo o chanceler Mauro Vieira, Lula abordou o assunto mesmo sem estar previsto na reunião, enquanto Trump disse que não discutiria Venezuela. O governo brasileiro acredita que uma ação militar nessa nação traria instabilidade regional e afetaria negativamente o Brasil.
Posteriormente, o Pentágono anunciou o envio do maior porta-aviões do mundo para a região, num contexto de aumento das hostilidades entre EUA e Venezuela.
Além disso, a eleição legislativa argentina surpreendeu com a vitória do presidente Javier Milei, que obteve 40,8% dos votos e 64 cadeiras na Câmara, superando o peronismo. O resultado significativo foi a conquista da província de Buenos Aires. Trump condicionou a continuidade da ajuda financeira americana ao resultado dessas eleições.
Na esfera esportiva, o jovem tenista brasileiro João Fonseca conquistou o ATP 500 da Basileia, na Suíça, ao vencer o espanhol Alejandro Davidovic Fokina em dois sets, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar esse título e entrando no top 30 do ranking mundial.
Créditos: UOL