Ataques israelenses em Gaza matam pelo menos 100 em menos de 12 horas

Durante a noite de ontem, bombardeios realizados por Israel na Faixa de Gaza causaram a morte de pelo menos 100 pessoas, incluindo 35 crianças, após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenar “ataques poderosos” na região.

Entre as vítimas estão crianças, mulheres e idosos. Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, declarou que “pelo menos 101 mortos foram encaminhados aos hospitais, entre eles 35 crianças, várias mulheres e idosos, em consequência dos ataques aéreos israelenses ocorridos em menos de 12 horas”. A agência de notícias AFP baseou essas informações em dados de cinco hospitais locais.

A quebra do cessar-fogo aconteceu após Israel informar que recebeu restos mortais de um refém, que já havia sido entregue anteriormente. O país esclareceu que o corpo não pertence a um dos mortos israelenses que permanecem em Gaza, mas sim a partes de outro refém já devolvido.

O parlamento israelense convocou uma sessão urgente para discutir medidas após os ataques, iniciados por volta das 14h50 (horário de Brasília), em resposta a uma ordem do primeiro-ministro que acusou o Hamas de violar o cessar-fogo. Ele afirmou que um grupo palestino abriu fogo contra soldados israelenses, que seguem em parte do território conforme um acordo firmado em 9 de outubro.

Na manhã seguinte, o governo israelense anunciou o restabelecimento do cessar-fogo. O Exército declarou que “as Forças de Defesa de Israel iniciaram a retomada da aplicação do cessar-fogo depois que o Hamas o violou”. Ainda informou ter atingido mais de 30 comandantes do Hamas e de outros grupos terroristas na Faixa de Gaza durante as ofensivas.

Em função do bombardeio, o Hamas anunciou o adiamento da entrega de outro corpo de refém. Desde o início do cessar-fogo, intermediado pelo ex-presidente Trump e países árabes, o grupo extremista afirma que a recuperação dos corpos requer tempo e equipamentos sofisticados devido à destruição no território palestino.

Durante viagem pela Ásia, o presidente americano Donald Trump afirmou aos jornalistas a bordo do avião presidencial que “nada vai ameaçar” a trégua em Gaza. Ele ressaltou que Israel deve responder aos ataques e mencionou que um soldado israelense foi morto, o que motivou a resposta israelense.

Créditos: UOL Notícias