Chefes do Comando Vermelho de seis estados morrem em operação no RJ
A lista de mortos da Operação Contenção, divulgada pelo Governo do Rio de Janeiro, inclui lideranças do Comando Vermelho (CV) de outros estados, segundo a polícia.
Chefes do tráfico em seis estados diferentes foram mortos no Rio de Janeiro durante a operação, revelou a Polícia Civil. Os nomes foram apresentados pela cúpula da Segurança Pública do estado nesta manhã como resultado da ofensiva contra o CV nos complexos da Penha e do Alemão.
Os homens alvejados estavam sob proteção do CV em comunidades cariocas. A polícia entende que os complexos da Penha e do Alemão funcionam como um QG da facção, que abriga lideranças criminosas de todo o país. Lá, sob orientação da matriz do grupo, estes criminosos são treinados e preparados para comandar ramificações da organização no país.
Entre os mortos estão supostos líderes do CV do Amazonas, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Pará. O governador do Rio, Claudio Castro, divulgou os apelidos dos mortos e informou que todos tinham passagens policiais.
Chico Rato, com 32 anos, era o líder do CV em Manaus e tinha histórico de homicídios. Investigado por assassinatos e porte ilegal de arma, era também próximo de antigos líderes da Família do Norte (FDN) antes de integrar a hierarquia do CV.
Francisco Myller Moreira da Cunha, conhecido como Suíço e com 32 anos, era outro líder do CV no Amazonas, possuía mandado de prisão desde o ano passado e respondia por homicídio e organização criminosa. Ele é suspeito de comandar setores importantes da facção no estado, mas sua data de chegada ao Rio é desconhecida.
Alissom Lemos Rocha, o Russo ou Gordinho do Valão, tinha 27 anos e chefiava o tráfico em Serra, na Grande Vitória. A polícia acredita que ele fugiu do Espírito Santo em abril e, embora não fizesse parte da cúpula do CV ou do Primeiro Comando de Vitória (PCV), tinha grande influência local.
Danilo Ferreira do Amor Divino, conhecido como Mazola ou Dani, com 38 anos, era destacado na liderança do CV em Feira de Santana, Bahia, respondendo por tráfico, porte ilegal de armas e chefiava a célula da facção no interior do estado.
Diogo Garcez Santos Silva, vulgo DG, também liderança em Feira de Santana, tinha 31 anos e coordenava as ações criminosas a distância, do Rio de Janeiro.
Fábio Francisco Santana Sales, o FB, era conhecido por coordenar o tráfico em bairros de Feira de Santana e Alagoinhas, com profundo conhecimento das rotas de drogas na Bahia.
Wesley Martins e Silva, apelidado de PP, tinha 27 anos e liderava o CV no Pará, com histórico de tráfico e homicídio.
O governo do Rio informou que 42 dos 117 suspeitos mortos tinham mandados de prisão em aberto. Entre os 99 identificados, 78 tinham algum tipo de passagem pela polícia. Pelo menos 30 não possuíam antecedentes criminais, sendo considerados pessoas que passavam despercebidas pela polícia.
Além disso, 39 dos mortos eram de outros estados, como Pará, Amazonas, Goiás e Ceará. O Instituto de Medicina Legal necropsiou 99 dos suspeitos, com parte dos corpos já liberados para as famílias.
Créditos: UOL