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Trump afirma que dias de Maduro na presidência da Venezuela estão contados

Donald Trump declarou acreditar que os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela “estão contados”. A afirmação foi feita durante uma entrevista à emissora estadunidense CBS.

O trecho da entrevista foi compartilhado no perfil oficial do governo dos Estados Unidos na rede social X. Quando questionado sobre se os dias de Maduro na presidência estavam contados, Trump respondeu afirmativamente.

Durante a entrevista, ao ser perguntado sobre a possibilidade de ataques terrestres na Venezuela, Trump evitou confirmar ou negar, justificando que não revelaria a jornalistas detalhes de possíveis ações militares.

Trinidad e Tobago entrou em “alerta geral” e convocou suas tropas para os quartéis em meio à operação militar dos EUA no Caribe contra o narcotráfico, que a Venezuela considera uma ameaça e parte de um plano para promover uma mudança de regime.

No mês anterior, os Estados Unidos iniciaram uma operação contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico Oriental, resultando em mais de 60 mortes desde então. Washington também acusou Maduro de liderar cartéis de drogas, acusação que ele nega, afirmando que os EUA querem controlar os recursos venezuelanos.

Um navio de guerra americano participou de exercícios militares conjuntos em Trinidad e Tobago, o que Caracas classificou como uma provocação para fomentar conflito.

Trump afirmou nesta sexta-feira que não planeja atacar a Venezuela, contrariando uma matéria publicada pelo jornal The Wall Street Journal que mencionava estudos sobre bombardeios em bases militares venezuelanas.

O Comando Sul dos EUA divulgou imagens de fuzileiros navais realizando operações com disparos reais no Mar do Caribe. O reforço militar no Caribe inclui destróieres com mísseis, caças F-35, um submarino nuclear e milhares de soldados.

Desde setembro, ao menos dez embarcações suspeitas de traficarem drogas foram bombardeadas no Caribe e no Pacífico, aumentando as tensões entre os países. Fontes de defesa americanas afirmam que o objetivo final da operação seria derrubar o governo Maduro.

O Pentágono divulgou poucas informações sobre os resultados das ações, como quantidades de drogas apreendidas ou identidades dos mortos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ao governo dos EUA que cesse os ataques contra embarcações suspeitas, classificando os ataques como “execuções extrajudiciais”. O alto comissário Volker Türk ressaltou a necessidade de evitar mortes injustificadas a bordo dessas embarcações.

A Colômbia também criticou publicamente os ataques nos últimos dias, alinhando-se à posição da ONU. Já o governo venezuelano afirma que a operação visa uma mudança de regime no país.

Créditos: g1

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