Política
18:09

Mauro Cid retira tornozeleira após dois anos no caso do golpe

Mais de dois anos após receber liberdade condicional, Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, retirou a tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira, 3, durante uma audiência admonitória no Supremo Tribunal Federal (STF). A autorização para a retirada partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre a trama golpista.

Cid utilizava o equipamento desde 9 de setembro de 2021, quando obteve o direito de responder às investigações em liberdade, após firmar um acordo de colaboração premiada que fundamenta as apurações do caso do golpe de estado. Sua pena, fixada em dois anos, foi cumprida conforme o combinado na delação, e ele foi o único a não recorrer da sentença.

Os advogados do tenente-coronel já solicitaram a Moraes a detração da pena, que é a compensação do período em prisão preventiva. O ministro ainda não se manifestou, mas deve julgar que o processo transitou em julgado para Cid, encerrando prazos de recurso.

Apesar da retirada da tornozeleira, Cid permanece sujeito a diversas restrições: está proibido de acessar redes sociais, deixar o país, possuir armamentos ou registros relacionados, e manter contato com outros réus e investigados da tentativa de golpe. Também deve permanecer em casa entre 20h e 6h nos fins de semana e feriados, e comparecer semanalmente ao Fórum para prestar contas.

Cid foi preso em maio de 2023 durante a primeira grande operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Bolsonaro. Na ocasião, ele ainda não era conhecido do público, embora integrasse o círculo íntimo de confiança do ex-presidente. Mensagens encontradas em seu celular confirmaram as suspeitas da Polícia Federal de que Bolsonaro liderava um esforço para permanecer no poder após a derrota eleitoral.

Créditos: Veja Abril

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