Economia
18:09

Projeto de isenção do IR e taxa Selic em 15% serão discutidos em C-Level Call

A próxima C-Level Call, videoconferência semanal sobre economia e política promovida pela Folha, abordará o projeto legislativo que isenta do Imposto de Renda pessoas que ganham até R$ 5.000 e a provável manutenção da taxa Selic em 15% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (5).

O encontro está agendado para quinta-feira (6), às 17h, com apresentação dos jornalistas André Borges e Adriana Fernandes. A transmissão será feita pelo YouTube.

Após aprovação em comissão, o projeto de isenção do IR deve ser votado no plenário do Senado nesta quarta-feira, sem alterações significativas em relação à versão aprovada na Câmara, apesar de críticas do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Em vez de mudar o texto aprovado pela Câmara, Renan apresentou um projeto paralelo que propõe aumento de impostos, incluindo elevação da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para fintechs e bancos, além de maior taxação das casas de apostas virtuais.

A tramitação em separado do novo projeto permite uma aprovação mais rápida da isenção do IR, pois o texto já aprovado na Câmara não precisaria voltar para análise dos deputados.

Renan Calheiros e Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto na Câmara, que são adversários políticos em Alagoas, disputam protagonismo na votação da isenção.

Outro tema da C-Level Call será a manutenção da taxa Selic pelo Copom em 15% ao ano. A expectativa é que o comitê opte por uma comunicação conservadora, mesmo com a recente melhora nas projeções da inflação.

Economistas apontam que o Banco Central evitará indicar o momento de iniciar o corte nos juros, e o mercado financeiro espera que o afrouxamento da política monetária só comece em 2026.

Desde a última reunião, as projeções para a inflação medidas pelo boletim Focus diminuíram, com estimativas de 4,2% para 2026 e 3,8% para 2027. O Banco Central tem como meta central uma inflação de 3%, considerando descumprimento quando o índice permanece fora do intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5% por seis meses consecutivos.

Créditos: Folha de S.Paulo

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