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18:10

COP30: preços das refeições nos quiosques da Zona Azul são reduzidos após críticas

Os lojistas do galpão da COP30, encontro internacional sobre o clima, optaram por baixar os preços das refeições após críticas nas redes sociais.

No primeiro dia da cúpula de chefes de Estado, os valores chamaram atenção. Na Zona Azul, área restrita onde ficam a imprensa e os negociadores do clima, os quiosques ofereciam pão de queijo a R$ 30 e água em lata por R$ 25. Os almoços custavam entre R$ 60 e R$ 90.

Na manhã seguinte, os preços mudaram. Lasanhas e estrogonofe de frango, antes a R$ 60, passaram para R$ 45. A água caiu para R$ 20, enquanto salgados, foco das críticas, permaneceram entre R$ 30 e R$ 35.

A precificação é feita em dólar. Coordenados pela ONU e pela SECOP, órgão ligado à Casa Civil, os preços são definidos em moeda estrangeira. Nos cardápios em inglês, o pão de queijo custa pouco mais de US$ 3.

Os lojistas afirmam que reduziram preços por conta própria. Cada quiosque tomou sua decisão, sem recomendação da organização. Eles explicam que o aluguel, cobrado em dólar, é alto, o que obrigou o aumento dos preços para garantir lucro, já que a margem diminuiu com a queda recente.

O aluguel que pagam não foi divulgado, mas apurações indicam que seria superior a US$ 200 por metro quadrado durante todo o evento. Um lojista afirmou ter pago cerca de R$ 23 mil por um espaço do tamanho de um quiosque de shopping, comparando o local a aeroportos, conhecidos por preços elevados.

Existem alternativas fora da Zona Azul, como restaurante popular com pratos a R$ 40 e opções de fast food com hambúrgueres e pratos executivos custando de R$ 90 a R$ 145.

Na repercussão, vídeos e fotos feitas por jornalistas geraram debate. Habitantes do Pará reprovaram as críticas, alegando que foram uma ofensa à cidade de Belém e questionando se atitudes semelhantes ocorreram nas COPs realizadas em Dubai ou Baku.

Os lojistas afirmam que esperavam essa reação e que tudo oferecido é de produção própria. Gostariam de cobrar preços menores, mas que valores habituais não cobrem o investimento. Destacam ainda a qualidade do atendimento, com funcionários educados e bem-humorados.

A SECOP foi procurada para comentar a política de preços, mas não respondeu até o fechamento da reportagem.

Créditos: UOL

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