EUA rejeitam proposta de Maduro para deixar o poder em dois anos

A pressão dos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro alcançou um novo nível. Conforme reportagem do The New York Times, Maduro enviou a Washington uma proposta para renunciar ao cargo em um prazo de dois anos, mas a oferta foi imediatamente rejeitada pela Casa Branca, segundo fontes consultadas pelo jornal.

Essa movimentação coincide com o aumento da presença militar dos EUA no Caribe. O maior porta-aviões do mundo, acompanhado de navios de guerra, aeronaves e milhares de soldados, permanece na região com a justificativa de combater embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico.

O governo do então presidente Trump acusa Maduro de liderar um cartel, uma alegação que Caracas nega.

Mesmo diante da escalada, Trump declarou no domingo, 16, disposição para negociar. Fontes afirmam ao NYT que, a partir dessa abertura, Maduro indicou aceitar deixar o cargo, desde que em um cronograma de dois anos. Essa ideia, entretanto, foi descartada por Washington, que não reconhece Maduro como líder legítimo.

O jornal também revela que Trump autorizou a CIA a realizar operações secretas dentro da Venezuela. Esses movimentos podem preparar o terreno para ações futuras, embora não haja autorização para envio de tropas terrestres.

O Pentágono avalia possíveis ataques a unidades militares próximas a Maduro e a locais supostamente ligados ao tráfico de drogas, sem comprovação pública.

Na semana passada, Trump discutiu o tema em duas reuniões na Sala de Crise da Casa Branca, acompanhado dos principais conselheiros de segurança.

Segundo a reportagem, estão em consideração planos militares, cibernéticos e operações psicológicas, mas nenhuma decisão final foi tomada. A Casa Branca e a CIA não comentaram as informações divulgadas.

Créditos: InfoMoney