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Trump sanciona lei para divulgação de arquivos do caso Jeffrey Epstein

Na noite de quarta-feira, 19, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou uma lei que permite ao Departamento de Justiça do país divulgar os documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein. O Congresso aprovou o projeto no dia anterior, terça-feira, 18.

Em sua rede social Truth Social, Trump associou Epstein aos democratas, afirmando que ele foi “democrata por toda a vida”, que doou milhares de dólares para políticos do Partido Democrata e tinha fortes relações com figuras conhecidas do partido, incluindo o ex-presidente Bill Clinton.

Trump declarou que, por sua orientação, o Departamento de Justiça já entregou quase cinquenta mil páginas de documentos ao Congresso. Ele acrescentou que o governo Biden não entregou nenhum arquivo ou página relacionada a Epstein, ressaltando que ele era democrata.

Antes da votação no Congresso, Trump orientou os deputados republicanos a apoiar o projeto. Essa decisão surpreendeu, já que ele evitava o tema apesar das crescentes evidências da amizade entre ele e Epstein. Documentos divulgados recentemente incluem e-mails nos quais Epstein menciona Trump, incluindo uma conversa que indica que Trump teria passado horas com uma vítima.

A relação entre Trump e Epstein é antiga, os dois frequentavam círculos sociais em Nova York e na Flórida. Em 2002, Trump disse à revista New York que Epstein era “fantástico” e “muito divertido de estar por perto”, afirmando ainda que se conheciam há 15 anos e que ambos gostavam de mulheres bonitas, muitas jovens.

Epstein conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza, como o príncipe Andrew, e celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores em 2008. As acusações que levaram à sua prisão ocorreram mais de uma década depois de um acordo judicial que o protegia. Em 2019, ele foi encontrado morto por enforcamento pouco após ser preso.

Como promessa de campanha, Trump afirmou que liberaria os documentos do caso caso retornasse à presidência. Em janeiro divulgou arquivos já conhecidos, gerando insatisfação. Isso gerou teorias conspiratórias na sua base política, a Make America Great Again (MAGA), de que ele estaria em uma lista secreta de beneficiados por Epstein.

Em setembro, a Câmara dos Democratas divulgou uma suposta carta de Trump a Epstein. Apesar de ter sido publicada anteriormente pelo The Wall Street Journal, Trump negou sua veracidade. A carta continha um desenho de uma mulher nua com mensagens insinuantes, parte de um álbum de aniversário para Epstein em 2003.

Créditos: Veja

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