Rússia exige que plano de paz dos EUA para Ucrânia reflita acordo de cúpula do Alasca
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou nesta terça-feira (25) que o plano de paz revisado para a Ucrânia deve refletir o “espírito e a letra” dos entendimentos firmados entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump, durante a cúpula do Alasca.
Durante uma coletiva de imprensa em Moscou, Lavrov afirmou que a Rússia recebeu positivamente a versão inicial do plano de paz dos EUA para a Ucrânia, ainda que Kiev e seus aliados tenham considerado o documento muito favorável a Moscou. A Rússia esperava uma versão revisada interina, após Washington concluir a coordenação com a Ucrânia e Europa.
Caso as alterações não reproduzam o que foi discutido por Putin e Trump na cúpula realizada em agosto, a Rússia terá uma visão diversa da iniciativa.
Lavrov ressaltou que as avaliações russas permanecem válidas, considerando que as principais disposições do plano original se baseiam nos acordos feitos em Anchorage, na cúpula russo-americana, e que esses princípios estão refletidos no plano inicial, que a Rússia acolheu com satisfação.
O primeiro plano descartava permanentemente a adesão da Ucrânia à Otan, limitava o exército ucraniano a 600 mil soldados, propunha entregar a área restante de Donbas para a Rússia como uma zona desmilitarizada e exigia que Kiev realizasse eleições em 100 dias.
Segundo informações, essas cláusulas foram modificadas ou temporariamente desconsideradas.
Lavrov afirmou que a Rússia não pressiona Washington, mas espera que o país compartilhe o texto provisório mais recente assim que estiver pronto.
Ele alertou que, se o espírito e a letra do acordo do Alasca forem removidos em relação aos entendimentos principais, isso representará uma situação fundamentalmente diferente para a Rússia.
Créditos: CNN Brasil