PL suspende salário e funções de Bolsonaro após condenação e prisão

O Partido Liberal anunciou que suspendeu o salário e as atividades partidárias do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro recebia mensalmente R$ 42 mil do PL e ocupava o cargo de presidente de honra do partido desde 2023, após deixar o Palácio do Planalto.

A decisão do PL se baseia na suspensão dos direitos políticos e na condenação do ex-presidente por participação na trama golpista.
O partido também citou a Lei dos Partidos Políticos, que prevê o cancelamento das atividades partidárias em casos de perda desses direitos.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou ao UOL que o partido está cumprindo a lei. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, disse que a suspensão foi decidida para evitar eventuais sanções legais.

De acordo com Sóstenes, o cargo de presidente de honra ficará vago enquanto Bolsonaro estiver preso e com os direitos políticos suspensos. Ele explicou que Bolsonaro retomará sua posição quando for libertado, mantendo-se como líder do partido apesar da suspensão formal.

Bolsonaro está detido desde sábado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A suspensão da remuneração ocorreu após o trânsito em julgado do processo da trama golpista no Supremo Tribunal Federal.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por crimes como liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, danos ao patrimônio público e à preservação do patrimônio histórico.

Ele se filiou ao PL em novembro de 2021. Bolsonaro foi eleito presidente em 2018 pelo PSL (atual União Brasil), mas deixou a sigla em 2019 para tentar criar o Aliança Brasil, partido que não saiu do papel.

Créditos: UOL