EUA suspendem vistos para afegãos após ataque perto da Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou como ato terrorista o ataque cometido contra dois membros da Guarda Nacional, ocorrido próximo à Casa Branca na quarta-feira (26). O suspeito, Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, natural do Afeganistão, está preso. Ele entrou no país em 2021 por meio de um programa para refugiados políticos.
Devido a esse histórico, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) suspendeu, por tempo indeterminado, o processamento de todos os pedidos de imigração ligados a afegãos. Além disso, Trump pediu que o governo faça uma revisão dos documentos dos imigrantes afegãos que chegaram durante a gestão de Joe Biden. Em mensagem divulgada pelas redes sociais, Trump afirmou: “Se eles não conseguem amar nosso país, não os queremos aqui”.
O professor de direito e relações internacionais da Universidade de Franca (Unifran), Kleber Galerani, explica que essa medida do governo americano sinaliza priorização da segurança sobre os processos migratórios e pode ter implicações diplomáticas e humanitárias.
“Para o governo Trump, a suspensão total da imigração afegã, incluindo aqueles que já estavam no país, indica que a segurança nacional é prioridade máxima, mesmo que isso afete refugiados inocentes”, disse Galerani em entrevista ao Conexão Record News, na quinta-feira (27).
Segundo o especialista, a decisão pode estabelecer um precedente para outras nações adotarem posições semelhantes, o que poderia enfraquecer os mecanismos globais de proteção humanitária. Essa possível tendência reflete a polarização crescente entre questões de segurança e direitos humanos observada atualmente no cenário internacional.
Créditos: R7