Trump e Maduro discutem por telefone possível encontro nos EUA, diz NYT
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve uma conversa telefônica com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conforme divulgou o jornal The New York Times nesta sexta-feira (28). A ligação ocorreu no último fim de semana.
Fontes informadas revelaram que a conversa incluiu a possibilidade de um encontro nos Estados Unidos, embora nenhum compromisso presencial tenha sido agendado.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conhecido por sua postura crítica ao governo venezuelano, também participou da ligação, segundo o jornal. Detalhes específicos sobre o teor da conversa não foram divulgados.
Conforme o NYT, a ligação precedeu a decisão do Departamento de Estado americano de classificar o Cartel de los Soles como uma organização terrorista estrangeira, um grupo que os EUA acusam Maduro de liderar.
Trump já vinha apresentando sinais de abertura para diálogo com Maduro, que por sua vez manifestou estar disposto a um encontro face a face.
Desde agosto, os Estados Unidos aumentaram sua presença militar no Caribe, próximo à costa venezuelana. Mais de 20 embarcações suspeitas de transportar drogas foram atacadas, resultando em pelo menos 83 mortos, segundo o governo americano.
A Casa Branca justifica a ação como uma operação contra o narcotráfico internacional, enquanto algumas autoridades americanas afirmaram, sob anonimato, que o objetivo final é a remoção de Maduro do poder.
Na quinta-feira (27), Trump anunciou que em breve iniciariam uma ofensiva terrestre contra o narcotráfico na Venezuela, sem fornecer mais detalhes. Reportagens recentes indicam que o presidente considerou diversas opções militares para a Venezuela.
Os EUA reforçaram sua força militar no Caribe enviando oito navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões Gerald Ford, o maior do mundo, que chegou à região neste mês.
Apesar do aumento da pressão, autoridades americanas afirmaram ao site Axios que não existe plano no momento para capturar ou matar Maduro.
Trump declarou que a inclusão do Cartel de los Soles na lista de entidades terroristas legitima ações contra alvos ligados a Maduro em território venezuelano, mas ele ressaltou que não pretende usá-las e que todas as opções estão consideradas.
A Venezuela acusa os Estados Unidos de desejar realizar uma mudança de regime e rejeita qualquer ligação com o cartel, classificando a designação como ridícula.
Créditos: g1