Trump decreta espaço aéreo venezuelano fechado após revogação de licenças

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no sábado (29.nov.2025) que as companhias aéreas devem considerar o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela como fechado. Essa orientação ocorreu após o governo venezuelano revogar as licenças de seis companhias aéreas que tinham suspenso seus voos no país devido ao aumento das tensões com os EUA.

Trump publicou no Truth Social uma mensagem direcionada a companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e de pessoas, solicitando que considerem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela totalmente fechado.

A declaração de Trump ocorre em meio a tensões crescentes entre os Estados Unidos e o governo de Nicolás Maduro. Os EUA enviaram um porta-aviões para o Caribe e elevaram para US$ 50 milhões a recompensa oferecida por informações que levem à prisão ou condenação do presidente venezuelano.

O governo norte-americano classificou Maduro como um “líder terrorista global do Cartel de los Soles”, uma organização ligada ao tráfico de drogas. Além disso, militares dos EUA realizaram pelo menos 21 ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico, com ao menos 83 mortes registradas, afirmando que as embarcações eram usadas por narcotraficantes.

A Venezuela, por sua vez, vê essas ações como uma tentativa dos EUA de derrubar Maduro do poder.

Na quarta-feira anterior, o governo venezuelano anunciou a revogação das licenças das seguintes companhias aéreas: [lista não detalhada no conteúdo enviado]. Cabe destacar que, embora a Latam esteja na lista, apenas a operação colombiana da empresa foi incluída, já que a Latam Brasil não realiza voos diretos para a Venezuela.

Essas companhias suspenderam seus voos para a Venezuela nos dias 23 e 24 de novembro, depois que a FAA (Agência Federal de Aviação dos EUA) emitiu um alerta de segurança sobre uma “situação potencialmente perigosa” resultante da intensificação da atividade militar na região.

A FAA recomendou cautela para todos os voos na área, destacando que as condições de segurança no espaço aéreo venezuelano não estão garantidas.

Créditos: Poder360