Moraes determina perícia para esclarecer contradições sobre Alzheimer de Heleno
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou nesta segunda-feira (1) que o general Augusto Heleno seja submetido a um laudo pericial realizado por médicos da Polícia Federal. A solicitação ocorreu após a defesa do general apresentar informações divergentes sobre sua condição de saúde.
Heleno, condenado a 21 anos e 11 meses por tentativa de golpe, teve sua defesa inicialmente afirmando que sofria de Alzheimer desde 2018, o que indicaria que ele exerceu o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República mesmo com a doença.
Essa informação foi divulgada durante o exame de corpo de delito em sua detenção no dia 22 de novembro. Contudo, posteriormente, a defesa mudou a versão e declarou que o diagnóstico de demência mista (Alzheimer e vascular) só teria ocorrido em janeiro de 2025.
No dia 29 de novembro, após a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) favorável à prisão domiciliar de Heleno, Moraes requisitou a apresentação de exames que comprovassem a doença.
Diante disso, a defesa novamente alterou a versão, alegando que a informação constante no laudo de corpo de delito pode ter resultado de erro do perito. Eles também justificaram que o diagnóstico posterior à janeiro de 2025 explicaria a ausência de comunicação formal à Presidência ou a qualquer órgão público.
Além disso, a defesa esclareceu que a doença não foi mencionada durante o interrogatório por não ser relevante para os fatos imputados e para preservar a intimidade familiar, conforme trecho da decisão de Moraes.
Créditos: Jovem Pan