Michelle Bolsonaro expressa discordância sobre aliança do PL com Ciro Gomes

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) divulgou nesta terça-feira (2.dez.2025) uma nota oficial a respeito da discordância pública que mantém com seus enteados Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro em relação à aliança do PL com o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB).

Os três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram a postura de Michelle após ela se manifestar contra a articulação com Ciro durante um evento em Fortaleza (CE), além de apoiar a candidatura de Eduardo Girão (Novo) ao governo do Estado. Segundo informações do Poder360, a direção nacional do PL avaliou que Michelle deve alinhar sua comunicação com as decisões do diretório nacional da legenda para evitar aparentar uma desarticulação interna. Está prevista uma reunião emergencial para a mesma terça-feira (2.dez).

Michelle declarou em sua nota: “Respeito a opinião dos meus enteados, mas penso diferente e tenho o direito de expressar meus pensamentos com liberdade e sinceridade. Antes de ser uma líder política, eu sou mulher, sou mãe, sou esposa e, se tiver de escolher entre ser política, mãe ou esposa, ficarei com as duas últimas opções.”

Ela publicou o esclarecimento nos stories do seu perfil no Instagram, também compartilhando vídeos de Ciro Gomes nos quais ele faz críticas a Bolsonaro.

A ex-primeira-dama questionou não concordar com o apoio a uma candidatura que, segundo ela, causou muito mal a seu marido e família: “Eu jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família, como apoiar (ou deixar de, caridosamente, admoestar quem apoia) um homem que foi responsável por implantar a narrativa que rotulou o meu marido como genocida?”

Michelle reafirmou a importância de derrotar o PT mantendo coerência com seus valores: “Não basta derrotar o PT e a esquerda; é preciso fazê-lo mantendo-nos fiéis aos nossos valores e agirmos de maneira coerente com eles”. Para ela, aliar-se a Ciro para vencer o partido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria o mesmo que “trocar Josef Stalin por Vladimir Lenin”.

Por fim, disse que quem defende essa aliança está livre para isso, mas não deveria criticá-la por rejeitá-la.

Ao concluir a nota, Michelle pediu perdão aos enteados: “Peço aos meus enteados que me entendam e me perdoem. Não foi minha intenção contrariá-los. Eu, assim como eles, quero apenas o melhor para o nosso herói, seu pai, meu esposo e o maior líder que esse país já teve.”

Créditos: Poder360