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PF encontra R$ 90 mil no carro de Rodrigo Bacellar, preso por vazar operação

A Polícia Federal localizou mais de R$ 90 mil em dinheiro vivo no veículo de Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Bacellar foi preso na quarta-feira, 3, suspeito de ter vazado informações da Operação Zargun, ocorrida em setembro, que resultou na detenção do ex-parlamentar TH Joias. A equipe de reportagem tenta contato com a defesa de Bacellar.

Na mesma data, a PF executou um mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão, além de um mandado de intimação para cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a PF, Bacellar tinha conhecimento das relações de TH Joias com o Comando Vermelho e teria atuado para impedir as investigações.

TH Joias foi detido em 3 de setembro por acusações de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Zargun. Ele é acusado de negociar armas, fuzis e equipamentos antidrones para o Comando Vermelho, além de utilizar seu mandato para beneficiar a facção.

O ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que Bacellar tinha informação prévia sobre a Operação Zargun e orientou TH Joias a retirar do imóvel possíveis provas que seriam apreendidas.

A Polícia Federal também apontou o envio, por TH Joias, de fotos das câmeras internas de segurança mostrando os agentes no interior da residência durante a operação. As imagens foram enviadas diretamente a Bacellar às 6h03 da manhã. Para o ministro Moraes, isso comprova que o presidente da Alerj não apenas tinha ciência antecipada da ação, mas esteve acompanhando a operação em tempo real, mantendo contato direto com o alvo.

Moraes classificou o caso como crime permanente ligado a organização criminosa, o que permite a prisão de parlamentar mesmo com imunidade. Ele aceitou integralmente os argumentos da PF e da PGR de que as medidas alternativas seriam insuficientes, e que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública, preservar a instrução criminal e evitar a continuidade dos crimes.

Segundo a PF, Bacellar objetivava manter vínculos com o Comando Vermelho para assegurar “milhões de votos” nas regiões controladas pela facção no Rio de Janeiro.

Créditos: InfoMoney

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