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Prisão de Rodrigo Bacellar por suposta ligação com facção agita eleição no Rio

Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e sucessor direto do governador Cláudio Castro, foi preso preventivamente em uma operação da Polícia Federal (PF. A investigação apura sua suposta conexão com a facção criminosa Comando Vermelho, impactando a corrida eleitoral de 2026.

Segundo a PF, Bacellar teria vazado informações sigilosas para prejudicar investigações que relacionam agentes públicos ao Comando Vermelho. A ação teria o intuito de preservar alianças políticas com a facção, que exerce grande influência eleitoral em áreas dominadas pelo crime.

Com o vice-governador designado para o Tribunal de Contas, Bacellar é o próximo na linha de sucessão do governo. Ele poderia assumir o governo caso Cláudio Castro renuncie ao cargo para disputar o Senado em 2026, conforme a lei de desincompatibilização que veda o uso da máquina pública em campanhas.

A prisão de Bacellar praticamente elimina sua candidatura, anteriormente considerada forte na direita. Isso abre caminho para o grupo político ligado a Jair Bolsonaro indicar outro candidato e favorece o atual prefeito Eduardo Paes, que lidera as pesquisas com ampla vantagem.

A relação entre Bacellar e Castro já mostrava tensão. Em um episódio recente, Bacellar, exercendo como governador interino, demitiu um secretário de Castro sem consultá-lo e ameaçou um processo de impeachment caso a decisão fosse revertida, evidenciando disputas internas de poder.

O prefeito Eduardo Paes (PSD), apoiado pelo presidente Lula, desponta como grande favorito. Pesquisa do Instituto Real Time Big Data mostra Paes com mais de 40 pontos percentuais de vantagem sobre os adversários, reforçada pela saída de Bacellar da disputa.

Créditos: Gazeta do Povo

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