Governo Trump alerta para possível apagamento da civilização europeia por causa da migração
O governo dos Estados Unidos sob o comando do presidente Donald Trump publicou um relatório sobre a estratégia de segurança nacional americana, no qual alerta para um possível “apagamento da civilização” europeia devido às políticas migratórias e à censura na União Europeia.
O documento de 33 páginas, descrito pela administração Trump como um “roteiro para garantir a supremacia americana”, faz críticas severas aos aliados europeus, afirmando que, se as atuais tendências continuarem, o continente europeu estará irreconhecível em até 20 anos.
Esse posicionamento reforça declarações anteriores feitas por Trump durante seu segundo mandato, iniciado em janeiro. Em julho, durante uma viagem à Escócia, ele afirmou que a Europa precisa se organizar em relação à imigração ou perderá sua identidade, descrevendo a chegada de imigrantes de outros continentes como uma “invasão” que estaria destruindo o continente.
Em setembro, durante discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump reiterou suas preocupações, dizendo que os países europeus “estão indo para o inferno”, enquanto os Estados Unidos adotam medidas rigorosas para conter a imigração descontrolada.
No relatório mais recente, Washington sugere que os problemas econômicos europeus são ofuscados pela ameaça real de extinguir a civilização no continente. Entre os principais problemas listados estão ações da União Europeia e outros organismos que diminuem a liberdade política e a soberania, políticas migratórias que provocam transformações e conflitos, censura à liberdade de expressão e supressão da oposição política, queda nas taxas de natalidade, além da perda da identidade nacional e autoconfiança.
O governo americano questiona a capacidade dos países europeus de continuarem como aliados confiáveis sem economias e forças armadas robustas o suficiente.
O documento enfatiza o desejo dos Estados Unidos de que a Europa preserve sua identidade e recupere a autoconfiança civilizacional, abandonando abordagens regulatórias que já se mostraram ineficazes, e destaca que o objetivo dos EUA deve ser ajudar o continente a corrigir seu curso atual.
Além disso, o relatório alerta para a possibilidade de que, em algumas décadas, alguns membros da Otan possam ter uma maioria populacional não europeia, levantando dúvidas sobre a manutenção dos princípios do bloco nessas circunstâncias.
Créditos: Gazeta do Povo