Vendaval de 10 de dezembro é o terceiro mais forte em São Paulo desde 2006
A passagem de um ciclone extratropical pela região Sul do Brasil entre quarta (10) e quinta-feira (11) provocou um vendaval em São Paulo, que derrubou árvores e causou a queda de energia em mais de 2,2 milhões de residências.
O fator principal desse impacto foi o vento, que soprou com rajadas frequentes e intensas em diversas regiões da cidade.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, a rajada de maior intensidade foi de 98,1 km/h, registrada às 12h40 de quarta-feira na estação meteorológica Lapa-Leopoldina.
Apesar da força, essa rajada não representa a maior do ano. O recorde é de uma ventania ocorrida no dia 22 de setembro, com 100,8 km/h, também na estação Lapa-Leopoldina, às 14h10.
Esse recorde de setembro é, inclusive, o mais alto registrado entre as 33 estações do CGE desde 2006, empatado com o evento do dia 24 de janeiro de 2018, no mesmo local.
O valor dos 98,1 km/h do dia 10 de dezembro também é o mesmo registrado em 18 de outubro de 2016, na estação Santana/Carandiru.
O CGE divulgou uma lista com algumas das rajadas mais velozes mensuradas nos últimos anos, destacando eventos que causaram grandes estragos em São Paulo.
Entre eles, o temporal de 3 de novembro de 2023, com ventos acima de 100 km/h e granizo, que causou mortes e deixou milhares sem energia elétrica; o apagão em 18 de março de 2024 causado por falha na rede subterrânea em Higienópolis; e eventos de 11 de outubro e 21 de dezembro de 2024, que também provocaram apagões em larga escala e danos estruturais.
No caso recente de dezembro de 2025, os ventos foram responsáveis pelo desligamento de energia em mais de 2,2 milhões de residências na Grande São Paulo. Mais de 1,3 milhão delas ainda permaneciam sem luz após mais de 24 horas do fenômeno.
Estes dados reforçam a ocorrência frequente de ventos fortes na capital paulista, sobretudo nos últimos dez anos, intervalo marcado por alguns dos piores eventos climáticos registrados.
Créditos: Folha de S.Paulo