Advogada Mariângela Fialek, braço direito de Lira, é alvo de operação da PF
A advogada Mariângela Fialek, alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, está sob investigação por suspeitas de irregularidades relacionadas a emendas parlamentares. Atualmente, ela atua na liderança do PP na Câmara dos Deputados.
Fialek ocupa um cargo comissionado na Câmara desde 2021, com remuneração bruta de R$ 23,7 mil e líquida de R$ 17,4 mil, desempenhando funções como assessora na liderança do partido.
Seu protagonismo cresceu a partir da eleição do deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara. Em 2021, Mariângela foi chefe da assessoria especial do gabinete da Presidência da Casa e continuou atuando como assessora de Lira até 2024. Até 2023, ela também exercia o cargo de conselheira fiscal na Codevasf, uma estatal utilizada pelo centrão para a destinação de emendas.
Segundo a colunista Natália Portinari, do UOL, Fialek foi a principal operadora das emendas de relator, também conhecidas como orçamento secreto, e chegou a administrar, juntamente com uma assessora do presidente do Senado Davi Alcolumbre, valores aproximados de R$ 10 bilhões.
Conhecida como Tuca, ela era responsável pela liberação desses recursos durante o mandato de Lira como presidente da Câmara. Fialek é considerada uma figura-chave e muito procurada entre os deputados, que até formam filas para consultá-la, especialmente em períodos de alta demanda, como o final do ano.
Além da experiência na Câmara, ela também tem um histórico relevante em outras instituições públicas. Entre suas passagens destacam-se o Conselho Fiscal da Caixa Econômica Federal, a assessoria especial de Relações Institucionais do Ministério do Desenvolvimento Regional até 2021, a presidência do Conselho Fiscal da PPSA – Pré Sal Petróleo S.A., e participação no Conselho Fiscal do BNDES.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e local de trabalho de Fialek, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações envolvem crimes como peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção, conforme nota da Polícia Federal, que não divulgou o nome da investigada.
O gabinete de Arthur Lira foi contatado para se posicionar sobre o caso, mas ainda não respondeu. Tentativas de contato foram feitas também junto a Mariângela Fialek, que até o momento não se pronunciou. O espaço permanece disponível para eventuais manifestações.
Créditos: UOL