Apagão em São Paulo causa até R$ 100 mi em perdas para bares, hotéis e restaurantes
O setor de bares, restaurantes e hotéis pode ter sofrido perdas de até R$ 100 milhões devido ao apagão que atingiu São Paulo, conforme estimativa da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp).
Segundo a entidade, cerca de 5 mil estabelecimentos foram afetados pela falta de energia na capital, na região metropolitana e em partes do interior, causada por chuvas intensas e ventos fortes. Os danos incluem prejuízos com equipamentos, alimentos e perda de clientes. A Fhoresp representa aproximadamente 500 mil estabelecimentos no estado e mais de 20 sindicatos patronais.
No pico da crise, na quarta-feira (10), aproximadamente 2,2 milhões de clientes foram impactados. Os ventos, que alcançaram 98 km/h em algumas áreas, derrubaram mais de 300 árvores, muitas das quais caíram sobre a rede elétrica, danificando cabos e postes.
Diante da gravidade, a Justiça de São Paulo determinou no sábado (13) que a Enel religasse a energia em até 12 horas, sob risco de multa de R$ 200 mil por hora, afetando a capital e municípios vizinhos.
O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, lamentou a situação e afirmou que esta é a sétima interrupção no fornecimento em menos de dois anos, destacando que os setores de alimentação e hospedagem ficam vulneráveis. Ele ressaltou que poucos empresários dispõem de geradores ou conseguem realocar produtos a tempo para evitar perdas alimentares.
Dezembro é um mês crucial para esses setores, que se preparam para o aumento da demanda, mas o apagão forçou o fechamento de milhares de estabelecimentos por vários dias.
A Fhoresp orienta as empresas afetadas a reunir provas dos prejuízos para buscar ressarcimento por dias sem funcionamento, perda de mercadorias e danos a equipamentos causados por oscilações de energia.
No domingo (14), o Ministério de Minas e Energia publicou nota informando que a Enel pode perder a concessão para operar em São Paulo caso não atenda integralmente os índices de qualidade e obrigações contratuais.
Créditos: agenciabrasil.ebc