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EUA priorizam petróleo em ofensiva contra Venezuela e anunciam bloqueio total a petroleiros

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem destacado o petróleo como prioridade na sua ofensiva contra a Venezuela, conforme reportagem do jornal The New York Times publicada em 16 de dezembro de 2025.

Apesar de a Casa Branca declarar publicamente que as operações militares no Caribe visam combater o narcotráfico, o NYT revela uma outra preocupação interna. Segundo o jornal, assessores dos EUA defendem ampliar o acesso ao petróleo venezuelano.

A pressão aumentou após Trump anunciar um bloqueio total a petroleiros sujeitos a sanções que entram e saem do território venezuelano. Dados do Relatório Mundial de Energia de 2025 indicam que a Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, com 302,3 bilhões de barris.

Ainda segundo o New York Times, o governo Trump realizou negociações secretas com Nicolás Maduro, focando no setor petrolífero. O presidente venezuelano teria oferecido a abertura da indústria petrolífera do país aos americanos, proposta rejeitada pela Casa Branca, que desconfia das intenções de Maduro, acreditando que ele tenta ganhar tempo e resiste a deixar o poder.

Aliados de Trump consideram que um eventual governo liderado pela opositora María Corina Machado seria mais alinhado aos interesses dos EUA, limitando a influência de China e Rússia na Venezuela.

Em novembro, outra reportagem do NYT revelou que Trump analisou várias opções de ação militar contra autoridades venezuelanas, incluindo planos para controlar o petróleo do país.

No anúncio feito em redes sociais, Trump declarou um bloqueio total a petroleiros alvos de sanções que entrem ou saiam da Venezuela, afirmando que o país está completamente cercado.

Acusando o governo venezuelano de roubar petróleo e terras dos norte-americanos, Trump afirmou que Maduro usa os recursos para financiar um “regime ilegítimo” e atividades ligadas a drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros.

O presidente mencionou que 18 embarcações já punidas pelos EUA estão atualmente em águas venezuelanas. Em 10 de dezembro, forças militares dos EUA interceptaram e apreenderam um navio petroleiro no Mar do Caribe, próximo à costa da Venezuela.

Durante o primeiro mandato de Trump, em 2019, várias sanções pressionaram o setor petrolífero venezuelano, reduzindo suas exportações. Apesar das restrições, a Venezuela ainda exporta cerca de 1 milhão de barris por dia, recorrendo a “navios fantasmas” para escoar a produção. Essas embarcações sob sanções mudam frequentemente de nome ou bandeira para escapar das punições, algumas usurpando identidades de navios desativados.

A empresa de inteligência financeira S&P Global estima que um em cada cinco petroleiros no mundo é usado para contrabandear petróleo de países sancionados, prática também adotada por Rússia e Irã.

Créditos: g1

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