Venezuela solicita reunião da ONU por agressão dos EUA
Na quarta-feira (17), a Venezuela solicitou ao Conselho de Segurança da ONU a realização de uma reunião para tratar da “agressão contínua dos Estados Unidos” contra o país, conforme uma carta ao órgão obtida pela Reuters.
Um diplomata da ONU indicou que a reunião deve ocorrer na próxima terça-feira (23).
Mais cedo, a ONU comunicou que o secretário-geral António Guterres conversou por telefone com Nicolás Maduro, reforçando a importância do respeito ao direito internacional e à Carta da ONU.
Maduro, em sua fala, expressou preocupação com os efeitos que as ameaças dos Estados Unidos podem causar à paz regional.
Na terça-feira (16), o presidente americano Donald Trump decretou um “bloqueio total” contra todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela. O ministro da Defesa venezuelano qualificou a medida como “delirante”.
Os EUA têm enviado aeronaves, veículos, milhares de soldados e um grupo de ataque de porta-aviões para o Caribe, com o objetivo declarado de combater o narcotráfico.
Essas operações incluem ataques a barcos no Caribe e no Pacífico supostamente vinculados ao tráfico de drogas, embora a legalidade dessas ações tenha sido questionada.
Além dos ataques a embarcações, os EUA intensificam pressão sobre o regime de Nicolás Maduro, acusado pela administração americana de envolvimento com narcotráfico e o Cartel de Los Soles.
Fontes consultadas pela CNN informaram que o governo Trump está elaborando planos para um cenário pós-Maduro, sem ter decidido por um ataque direto.
Trump manteve uma ligação com Maduro no final de novembro, poucos dias antes de os EUA o classificarem como membro de organização terrorista estrangeira. Maduro teria recebido um ultimato para deixar o poder e o país, que não foi atendido.
Outra ação geradora de tensão ocorreu quando os EUA apreenderam um petroleiro próximo à Venezuela, ação considerada pelo regime venezuelano como “roubo descarado” e “ato de pirataria internacional”.
Posteriormente, Trump anunciou o “bloqueio total” contra os petroleiros sancionados da Venezuela, afirmando que “ninguém passará sem autorização”.
Créditos: CNN Brasil