Eduardo Bolsonaro diz que ‘valeu a pena’ ficar nos EUA após cassação
O ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teve seu mandato cassado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, afirmou que “valeu a pena” ter permanecido nos Estados Unidos.
Em vídeo divulgado no X, Eduardo disse que continuará “a mesma pessoa” após a cassação. Ele ressaltou que não foi cassado por corrupção, tráfico de drogas ou por terem encontrado dinheiro com ele, mas sim por agir conforme a expectativa de seus eleitores.
Desde fevereiro, Eduardo reside nos EUA, onde vem se reunindo com autoridades para denunciar o que caracteriza como uma ditadura no Brasil.
Embora tenha sido cassado por excesso de faltas, Eduardo reforçou que a experiência teve valor para ele. “Valia muito a pena conseguir, pela primeira vez, levar consequências reais para estes ditadores. Para mim, o que fica é uma medalha de honra, não a perda de mandato.”
Entre as ações promovidas por ele, está a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, sancionada em 30 de julho e revogada em 12 de dezembro.
Sem citar nomes, Eduardo criticou deputados federais eleitos com seu apoio em 2022, afirmando que sabia que alguns votaram pela cassação de seu mandato, mas destacou que atingiu seu objetivo, sempre jogando para o grupo e fazendo o que considerava certo.
“Vou continuar sendo a mesma pessoa […] Nós resistiremos. E nós venceremos”, afirmou.
Eduardo acumulou 59 faltas até o momento da decisão, número superior ao limite previsto na Constituição Federal, que determina a perda de mandato para deputados que faltarem a 33% das sessões ordinárias, salvo em casos de missão oficial ou licença. Essa regra também está prevista no Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.
Outro caso destacado foi o do deputado Alexandre Ramagem, cuja perda de mandato também foi determinada pelo STF. Ramagem, que está foragido nos EUA, também ultrapassará o limite de faltas e alegou que a decisão é fruto de “perseguição política” e viola o rito interno da Câmara.
Créditos: UOL Notícias