Afegão que atirou em soldados perto da Casa Branca trabalhou com CIA e Exército dos EUA
Um imigrante afegão foi identificado como suspeito de ter disparado contra dois soldados da Guarda Nacional perto da Casa Branca, nos Estados Unidos. O homem, Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, trabalhou para o Exército americano e para a CIA em Cabul, segundo a emissora Fox News.
De acordo com o Departamento de Segurança Interna dos EUA, Lakanwal teria agido sozinho no ataque ocorrido em Washington D.C. na quarta-feira. Ele solicitou asilo nos EUA em 2024 durante a gestão do presidente Joe Biden, e teve o pedido aceito em abril de 2025 pelo governo de Donald Trump.
Trump confirmou que o suspeito chegou ao país em setembro de 2021, coincidentemente quando as tropas americanas deixaram o Afeganistão. O envolvimento militar dos EUA no Afeganistão durou cerca de 20 anos, entre 2001 e 2021, após os atentados de 11 de setembro.
O ex-presidente enfatizou que o ataque foi perpetrado por “um estrangeiro” e indicou que seu governo revisará a chegada dos afegãos que desembarcaram no país durante a administração Biden.
Ele classificou o incidente como um ato de maldade, ódio e terrorismo, e na rede social Truth Social chamou Lakanwal de “um animal”, afirmando que ele enfrentará consequências severas.
Até o momento, as motivações do suspeito não foram divulgadas. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, descreveu o ataque como um “ataque a tiros direcionado”.
Em coletiva, o diretor do FBI, Kash Patel, informou que os dois soldados da Guarda Nacional ficaram gravemente feridos e estão em estado crítico, corrigindo informações anteriores que indicavam que haviam morrido.
O incidente ocorreu na estação de metrô Farragut West, a duas quadras da Casa Branca, durante o início da tarde de quarta-feira, num momento de grande circulação e comércio próximo.
O chefe adjunto da polícia de Washington, Jeffrey Carroll, relatou que o suspeito “emboscou” as vítimas, virou a esquina, levantou a arma e disparou contra os soldados. Ele foi rapidamente detido por membros da Guarda Nacional e outras forças de segurança.
Dezenas de pessoas ficaram presas no local durante o tumulto causado pelos tiros, levando ao isolamento da área e à mobilização de várias viaturas policiais.
Testemunhas ouviram os disparos e viram membros da Guarda Nacional correndo armados em direção ao metrô.
As equipes de emergência prestaram atendimento tanto ao atirador quanto às vítimas.
Este é o incidente mais grave envolvendo a Guarda Nacional dos EUA desde junho, quando Trump começou a enviar tropas para diversas cidades comandadas por democratas, como Los Angeles, Washington e Memphis, em uma movimentação controversa.
O presidente justifica a ação como parte de uma estratégia para combater a criminalidade e apoiar o ICE, agência responsável pelas leis de imigração e combate ao crime transnacional.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, anunciou o envio de 500 militares adicionais para Washington, aumentando para mais de 2.500 o efetivo da Guarda Nacional na capital, com o objetivo de fortalecer a segurança da cidade.
O Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) comunicou a suspensão imediata e temporária do processamento de todos os pedidos de imigração de cidadãos afegãos, enquanto revisa protocolos de segurança e verificação.
Créditos: g1