Política
20:06

Alcolumbre critica governo por demora na indicação ao STF e defende separação dos poderes

O presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (UniãoBrasil-AP), divulgou neste domingo (30) uma nota em que critica setores do Executivo.

Alcolumbre declarou que causa “perplexidade” o fato de a mensagem do governo com a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não ter sido enviada ao Senado.

Ele ressaltou ser prerrogativa do Senado aprovar ou rejeitar o nome indicado, e do Executivo realizar a indicação.

O presidente do Senado também defendeu a separação dos poderes, afirmando que “não se pode permitir a tentativa de um poder desmoralizar o outro para fins de autopromoção”.

A sabatina de Jorge Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está marcada para 10 de dezembro.

Alcolumbre ainda comentou que, considerando que a escolha foi feita pelo presidente da República e publicada no Diário Oficial da União, é surpreendente que a mensagem escrita não tenha sido enviada, o que, segundo ele, parece tentar interferir no cronograma do Senado, prerrogativa exclusiva da Casa.

Horas após o comunicado, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o Planalto jamais quis rebaixar a relação institucional com Alcolumbre e repudiou essas insinuações.

Alcolumbre acrescentou que o prazo para a sabatina é coerente com indicações anteriores e permite uma definição ainda em 2025, evitando atrasos criticados no passado.

Ele destacou que nenhuma interferência da Presidência do Senado afetará a decisão livre, soberana e consciente da Casa.

Nos bastidores, a base governista avalia que Alcolumbre acelerou o processo de sabatina para reduzir o tempo de divulgação e dificultar a obtenção de votos por parte de Messias.

Parlamentares apontam que Messias poderá enfrentar dificuldades para alcançar os 41 votos necessários para a aprovação.

Alcolumbre teria preferido o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD) para a vaga, porém o presidente Lula descartou essa opção, preferindo que Pacheco concorra ao governo de Minas Gerais.

Créditos: g1

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