Argentina, Panamá e outros países pedem democracia e alertam sobre crise na Venezuela
Os presidentes da Argentina, Javier Milei, do Paraguai, Santiago Peña, e do Panamá, José Raúl Mulino, divulgaram neste sábado, 20, um comunicado expressando “profunda preocupação com a grave crise migratória, humanitária e social na Venezuela” e solicitando a restauração da democracia no país.
A carta também é assinada pelo ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Fernando Aramayo, junto a autoridades do Equador e do Peru. Todos eles participaram mais cedo da 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada em Foz do Iguaçu (PR).
No comunicado, os signatários “instaram as autoridades venezuelanas a respeitarem as normas internacionais, a libertar imediatamente e a garantir o devido processo legal e a integridade física de todos os cidadãos arbitrariamente privados de sua liberdade”.
Este documento evidencia ainda mais a divisão interna do Mercosul em relação à Venezuela. O comunicado oficial do bloco evitou mencionar o país, que está suspenso da união aduaneira desde 2016.
Antes do pronunciamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encerrou a cúpula, alertou sobre os perigos de uma intervenção externa na Venezuela. Por outro lado, Javier Milei apoiou a pressão militar dos Estados Unidos contra o governo do ditador Nicolás Maduro.
Vale destacar que Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia são Estados Partes do Mercosul, enquanto Equador, Panamá e Peru são Estados Associados.
Créditos: Jovem Pan