Austrália promete reforçar leis de armas após ataque antissemitista em Sydney
O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, do Partido Trabalhista, anunciou nesta segunda-feira (15.dez.2025) que irá tornar as leis de controle de armas no país mais rigorosas após um ataque a tiros contra uma comemoração judaica na praia de Bondi, em Sydney, que resultou na morte de 16 pessoas e deixou 42 feridos.
Os dois atiradores, um homem e seu filho, abriram fogo contra os participantes na noite de domingo (14.dez), às 18h47, horário local. As autoridades classificaram o ocorrido como um ato terrorista motivado por antissemitismo.
Em publicação no X, Albanese ressaltou que convocou o Gabinete Nacional para responder ao ato e declarou apoio à comunidade judaica australiana, afirmando que o país superará o ódio e a violência juntos.
Entre os mortos estão uma criança de 10 anos, dois rabinos e um sobrevivente do Holocausto. As idades das vítimas variam de 10 a 87 anos. Dos feridos, seis permanecem em estado crítico nos hospitais de Sydney.
O incidente ocorreu durante o evento “Chanuka by the Sea 2025”, marcado para começar às 17h, próximo ao playground infantil da praia. Imagens confirmadas mostram os atiradores disparando de uma ponte pequena perto de um estacionamento na Campbell Parade, no extremo norte de Bondi Beach, contra cerca de mil pessoas presentes na celebração.
A polícia de Nova Gales do Sul confirmou o caso como terrorismo às 22h de domingo, após encontrar duas bandeiras do Estado Islâmico no veículo dos suspeitos, conforme informou a emissora ABC.
Os suspeitos foram identificados pela mídia local como Sajid Akram, de 50 anos, e seu filho Naveed Akram, de 24. Sajid possuía licença para armas de caça recreativa e estava ligado a seis armas, que teriam sido usadas no ataque. Sajid foi abatido pela polícia no local, enquanto as autoridades planejam apresentar acusações contra o filho.
O ministro do Interior, Tony Burke, informou que Sajid chegou legalmente à Austrália em 1998 com visto de estudante, posteriormente convertido para visto de parceiro em 2001. O filho, Naveed, é cidadão australiano nato.
Créditos: Poder360