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09:09

Bombardeios israelenses em Gaza deixam pelo menos 100 mortos, incluindo 35 crianças

Nas últimas horas, bombardeios israelenses em Gaza causaram a morte de pelo menos 100 pessoas, incluindo 35 crianças, além de diversas mulheres e idosos, segundo a agência de Defesa Civil do território palestino. Cerca de 200 feridos foram contabilizados.

Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil, descreveu a situação em Gaza como “catastrófica e aterrorizante”. Informações de cinco hospitais que atenderam as vítimas confirmaram os números.

Os ataques recomeçaram na terça-feira, 28, depois que Israel acusou o Hamas de disparar contra suas tropas no sul de Gaza, embora o grupo negue a acusação, reafirmando seu compromisso com a trégua vigente.

Na quarta-feira, 30, o Exército israelense confirmou a morte do soldado Yona Efraim Feldbaum, de 37 anos, em combate no sul de Gaza.

Apesar dos bombardeios, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que “nada vai ameaçar” a trégua e defendeu o direito de Israel de responder se seus soldados forem atacados.

O Hamas acusou Israel de violar o cessar-fogo e adiou a entrega do cadáver de um refém, prevista inicialmente para terça-feira. Israel acusa o grupo de entregas irregulares dos restos mortais do refém Ofir Tzarfati.

Desde o ataque contra Israel em 7 de outubro de 2023, o Hamas libertou em 13 de outubro 20 reféns vivos e deveria entregar 28 corpos de reféns falecidos, mas só restituiu 15 até o momento, alegando dificuldades para localizá-los devido à destruição causada pela ofensiva israelense.

O braço armado do Hamas comunicou via Telegram ter encontrado dois corpos de reféns, sem informar quando serão entregues.

A associação israelense Fórum das Famílias afirma que parte dos restos mortais de Ofir Tzarfati foi repatriada em 2023 e 2024, lamentando a necessidade de exumar e reenterrar o corpo três vezes. O Fórum pediu ação firme do governo de Netanyahu contra o Hamas pelas violações do acordo.

Para o ministro de Segurança Interna, Itamar Ben Gvir, a postura do Hamas demonstra que o grupo ainda está ativo e defendeu medidas severas contra ele.

Antes do anúncio israelense, o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, declarou aliado à AFP que a entrega dos corpos é um processo complexo em um território devastado por combates.

O ataque de 7 de outubro a Israel matou 1.221 pessoas, majoritariamente civis, segundo a AFP. A resposta israelense já causou mais de 68.500 mortes na Faixa de Gaza, em sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas.

O Exército israelense comunicou na quarta-feira, 29, a retomada do cessar-fogo após ataques que atingiram dezenas de alvos ligados ao Hamas. Segundo o comunicado, 30 terroristas foram eliminados em postos de comando dentro do território.

As informações foram atualizadas com dados da AFP.

Créditos: CartaCapital

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