Brasil alerta com adversários do Grupo C na Copa do Mundo 2026

O Grupo C, no qual a Seleção Brasileira está, pede atenção. Embora não seja um “grupo da morte”, o time não terá facilidades na fase inicial da Copa do Mundo 2026 e precisará empenho para evitar surpresas. O técnico Carlo Ancelotti classificou a chave como “difícil”.

Marrocos, com quem o Brasil estreia em 13 de junho, é uma das sensações entre as seleções atuais, dividindo com a Noruega o rótulo de emergente. O time chega com respaldo pelo quarto lugar no Mundial do Catar e por conquistas recentes, especialmente nas suas categorias de base.

A Escócia retorna ao Mundial depois de 28 anos, sendo uma seleção tradicional com jogadores atuando na Premier League e conhecida por um estilo de jogo mais físico. O Haiti completa o grupo e pode ser decisivo caso as disputas entre os outros times estejam equilibradas.

Marrocos vive um momento de grande desenvolvimento, com um projeto de futebol consolidado. Após surpreender no Mundial de 2022 ao eliminar Portugal e Espanha, confirmou seu desempenho nas Eliminatórias ao vencer oito jogos, marcar 22 gols e sofrer apenas dois. A base de 2022 permanece, com atletas como o goleiro Bounou, lateral Hakimi, zagueiro Aguerd, meio-campistas Amrabat e Ounahi e o atacante En-Nesiry.

Jogadores jovens também foram incorporados, como Brahim Diaz, do Real Madrid, que optou por defender Marrocos após aguardar um chamado da Espanha, seu país de nascimento. A equipe Sub-20 conquistou o Mundial da categoria, derrotando Brasil, Espanha e França pelo caminho, destacando o avanço do futebol marroquino.

O projeto de formação iniciado pelo Rei Mohamed VI, que dá nome a uma academia, tem trazido resultados. O time Sub-17 foi eliminado pelo Brasil apenas nos pênaltis nas quartas de final, enquanto o Sub-23 conquistou a Copa Africana e obteve medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Jogadores como o goleiro El Kajoui, lateral Hakimi, atacante Ezzalzouli e o ídolo Hakimo participaram das Olimpíadas. O técnico Walid Regragui pode incluir na lista o ponta Othmane Maamna, melhor jogador do Mundial Sub-20, e o atacante Zabiri, artilheiro da competição.

Para o Haiti, a presença na Copa é uma grande conquista. O país tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano da América, em 163º lugar globalmente, devido a problemas econômicos, corrupção, violência e desastres naturais. Os jogadores convocados pelo técnico francês Sebastien Migné atuam no exterior, enquanto o futebol local enfrenta grandes desafios. Mais da metade dos convocados não nasceu no Haiti. Migné assumiu a seleção em março de 2024 após passagens por seleções africanas e comemorou o sorteio, vendo a partida contra o Brasil como uma vitrine para sua carreira.

A Escócia tem tradição e jogadores reconhecidos, como o lateral Andrew Robertson, do Liverpool, Aaron Hickey do Brentford, e os meio-campistas Gilmour e McTominay do Napoli. Também conta com o atacante Lyndon Dikes, do Birmingham. O técnico Steve Clarke, com experiência como assistente em clubes de ponta e seis anos no comando da seleção, resgatou o orgulho escocês e o retorno ao Mundial após quase três décadas.

Créditos: Gauchazh