Brasil e EUA fazem primeira reunião na Malásia para negociar tarifaço de 50%
Delegações do Brasil e dos Estados Unidos se reuniram nesta segunda-feira (27), na Malásia, para discutir o tarifaço de 50% imposto a diversos produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump.
Este foi o primeiro encontro entre as delegações após a reunião entre o presidente Lula e Trump, também realizada em Kuala Lumpur.
O principal objetivo do governo brasileiro é o fim dessas tarifas extras. A conversa inicial entre Lula e Trump abriu o caminho para negociações futuras, e novas reuniões entre as equipes devem ocorrer.
Após o encontro com Lula na madrugada de domingo (horário de Brasília), Trump considerou Lula “muito vigoroso e impressionante” e enviou parabéns pelo seu aniversário de 80 anos, celebrado nesta segunda.
Trump não confirmou se a tarifa de 50% será revogada, como deseja o Brasil.
Lula manifestou otimismo quanto à reunião e ao desdobramento das negociações, afirmando que entrará em contato com o presidente americano sempre que considerar necessário. Ele também declarou que, se depender dele e de Trump, haverá acordo.
Segundo representantes brasileiros, Trump orientou sua equipe a iniciar o processo de negociação bilateral.
A expectativa do governo brasileiro era realizar o encontro já no domingo à noite, horário local, segundo o chanceler Mauro Vieira. Contudo, após uma conversa telefônica entre ele e o representante americano Jamieson Greer, a reunião ocorreu na manhã de segunda-feira.
Vieira destacou que este é o primeiro passo do processo de negociação e que será estabelecido um cronograma e os setores a serem discutidos para avançar.
O Brasil também deve solicitar a suspensão das tarifas impostas pelos EUA durante o período das negociações. Todavia, não há previsão sobre se ou quando as taxas serão suspensas.
O ministro afirmou esperar concluir a negociação bilateral sobre os setores afetados nas próximas semanas e ressaltou que Lula está aberto a tratar de todos os setores do comércio bilateral, incluindo minerais críticos e terras raras.
Créditos: g1