Economia
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Câmara aprova aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil

A Câmara dos Deputados aprovou em 1º de outubro de 2025 um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês.

O projeto ainda precisa ser analisado pelo Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor.

Além da isenção para pessoas com renda mensal de até R$ 5 mil, equivalente a R$ 60 mil por ano, o texto prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais.

Segundo o projeto, o ganho mensal para quem recebe R$ 5 mil será de R$ 312,89, o que pode representar uma economia anual de até R$ 4.067, considerando também o décimo terceiro salário.

Para os que têm renda até R$ 7.350, haverá redução gradual do desconto do IR, beneficiando esse grupo em menor escala. Por exemplo, quem ganha R$ 7 mil por mês terá um ganho mensal estimado em R$ 19,98 e anual de R$ 259,69, incluindo o décimo terceiro.

Já contribuintes com renda acima dessa faixa não sofrerão alterações, assim como aqueles que recebem até R$ 3.036, valor já isento pela tabela atual do Imposto de Renda.

A ampliação da isenção foi uma promessa de campanha do presidente Lula e, se sancionada sem mudanças, deve incluir cerca de 10 milhões de novos contribuintes na isenção a partir de 2026, ano eleitoral.

Com a aprovação deste projeto, o Brasil terá mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do imposto, o que corresponde a aproximadamente 65% dos declarantes.

O impacto estimado para 2026 pela isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil é de R$ 25,8 bilhões. Para compensar a redução na arrecadação, a proposta mantém a aplicação de uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.

Com essa progressividade, a alíquota máxima será aplicada a quem receber ganhos anuais a partir de R$ 1,2 milhão. O projeto especifica que essa cobrança não afetará contribuintes que já pagam a alíquota máxima atual de 27,5% do IR, já descontada diretamente na folha.

Se aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente, o projeto passará a vigorar a partir de janeiro de 2026, alterando a dinâmica da tributação sobre a renda no país.

Créditos: g1

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