Casal confronta atirador e morre em ataque que matou 15 na Austrália
Além do homem considerado um herói por ter desarmado um dos atiradores durante o atentado ocorrido na Austrália no domingo (14), novas imagens revelam que um casal também tentou enfrentar um dos atacantes na praia de Bondi.
Boris e Sofia Gurman, casal de origem russo-judaica que residia em Bondi, foram identificados como as primeiras vítimas fatais do ataque, segundo o Sydney Morning Herald. Eles foram mortos após o confronto com um dos atiradores.
Uma das imagens mostra a luta entre o atirador e um homem mais velho, vestido com camisa lilás e bermuda, pela posse de uma arma de cano longo, até os dois caírem atrás de um carro prata.
Vídeo gravado por drone registra o casal já morto próximo a veículos perto da ponte onde os homens armados foram detidos pela polícia.
Em um outro caso, Ahmed al Ahmed conseguiu desarmar um dos atacantes, porém foi gravemente ferido e segue internado em estado crítico.
O tiroteio ocorreu durante um evento judaico e resultou em 15 mortos e mais de 40 feridos.
Um dos suspeitos do ataque, um dos filhos do casal atacante, que estava em coma, acordou no hospital, confirmaram fontes à Sky News. O pai dos suspeitos morreu no confronto com a polícia.
As autoridades australianas informaram que dentro do carro dos atacantes foram encontradas duas bandeiras do Estado Islâmico. Além disso, os suspeitos são pai e filho. O filho havia sido investigado em 2019 por suspeita de ligação com uma célula do Isis na Austrália, mas foi liberado após seis meses de vigilância por não representar ameaça contínua.
O governo australiano prometeu, no dia 15, a implementação de leis mais rigorosas para o controle de armas após o massacre em Bondi, o pior no país em quase 30 anos.
O suspeito mais velho possuía licença para porte de armas desde 2015 e registrava seis armas, um fato que levantou preocupações e a necessidade de revisão da legislação vigente, já entre as mais restritivas do mundo.
O primeiro-ministro Anthony Albanese declarou que seu gabinete concordou em fortalecer as leis sobre armas e criar um registro nacional para controlar aspectos como quantidade e validade das licenças.
Entre os 40 feridos que foram hospitalizados estavam dois policiais, que estavam em estado grave, porém estável. As vítimas tinham idades entre 10 e 87 anos.
O comissário da polícia de Nova Gales do Sul classificou oficialmente o episódio como um ato terrorista. Entre as vítimas, destaca-se um rabino nascido no Reino Unido e um cidadão israelense.
O Itamaraty informou que até o momento não há relatos de brasileiros feridos no atentado.
Créditos: cbn.globo