Saúde
19:05

Casos de intoxicação por metanol causam alerta em São Paulo

A adulteração de bebidas com metanol em São Paulo já resultou em cinco mortes e dezenas de casos em investigação, provocando pânico em bares e restaurantes.

O metanol, um combustível usado em carros de corrida e pequenos motores, pode causar náuseas, convulsões e até óbito. Sua ingestão compromete o fígado, medula e cérebro, gerando dor intensa, confusão mental, coma e acidose no sangue.

Além disso, o metanol pode levar à insuficiência pulmonar, lesar rins e nervo ótico, podendo causar cegueira definitiva. Diferente de bebidas pirateadas, essa contaminação é venenosa e invisível.

Os sintomas iniciais são inespecíficos e semelhantes à ressaca, como tontura, enjoo e cefaleia, o que atrasa o diagnóstico e a busca por atendimento.

Não há formas caseiras de detectar o metanol, já que ele é incolor, volátil e mistura-se perfeitamente à bebida, sendo possível a identificação apenas em laboratórios especializados.

Embalagens com rótulos falsos ou lacres rompidos não são indicadores confiáveis, e consumidores raramente questionam preços baixos ou solicitam nota fiscal antes de consumir.

Essa situação configura uma calamidade pública no setor de destilados, afetando inclusive drinks tradicionais como a caipirinha, cuja doçura pode mascarar a presença do tóxico.

Criminosos que falsificam marcas reconhecidas de gim e vodca mostram desprezo total pelas vidas perdidas.

São Paulo recebe cerca de 230 mil turistas por mês, o que amplifica os riscos e agrava a preocupação das autoridades.

Recentemente, foram apreendidas 50 mil garrafas suspeitas e 15 milhões de selos falsificados em operações policiais. Hospitais foram alertados para monitorar esse surto.

A preocupação aumenta com a proximidade da COP30, em Belém, que atrairá delegações estrangeiras que também visitarão o Sudeste, região onde o problema se apresenta.

Até o momento, não há dados suficientes para dimensionar completamente a crise.

Créditos: gauchazh

Modo Noturno