Chanceler alemão busca nova conversa com Lula após polêmica sobre Belém

O chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou que deseja reencontrar o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para uma conversa “sem preocupações”, após ter feito comentários controversos sobre Belém, cidade-sede da COP30.

Em coletiva de imprensa em Berlim, na quarta-feira (19), Merz disse aguardar com expectativa um novo encontro com Lula. Ele destacou que o encontro pessoal em Belém foi muito positivo e mencionou que pediu ao ministro do Meio Ambiente alemão, Carsten Schneider, que transmitisse suas saudações cordiais ao presidente brasileiro.

Merz afirmou ainda esperar um diálogo tranquilo na África do Sul e reforçou que comentou que a Alemanha é um dos países mais bonitos do mundo, possibilidade que acreditava ter o apoio de Lula.

No início da semana, uma declaração feita por Merz sobre a capital paraense causou repercussão. O chanceler afirmou que, durante sua estadia no Brasil, perguntou a jornalistas quem gostaria de permanecer no país, e ninguém respondeu afirmativamente, acrescentando que todos estavam felizes por voltarem à Alemanha, especialmente daquele local na noite de sexta-feira.

O comentário provocou desconforto entre autoridades brasileiras, que reagiram à fala.

Em resposta, um comunicado do governo alemão enviado à CNN na terça-feira (18) declarou que Friedrich Merz demonstrou “profundo respeito” pela realização da COP30 em Belém. O texto ressalta que, durante sua breve passagem pela cidade, o chanceler expôs a nova política climática alemã, prometeu significativa contribuição ao Fundo Florestal e manteve conversa produtiva e focada no futuro com o presidente Lula da Silva.

O documento também relata que Merz lamentou não ter visitado a orla amazônica para conhecer pessoalmente a beleza natural da região.

Friedrich Merz esteve no Brasil para participar da Cúpula dos Líderes em Belém, antes do início oficial da COP30, quando teve um encontro bilateral com Lula. Na ocasião, ele anunciou a intenção da Alemanha de contribuir com o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto pelo governo brasileiro, sem divulgar o valor que será destinado à iniciativa.

*Com informações da Reuters

Créditos: CNN Brasil