Conflito na Direita: Família Bolsonaro e Centrão Divergem sobre Estratégias para 2026
Segundo integrantes do Centrão ouvidos pelo blog, Michelle Bolsonaro opta pela linha do bolsonarismo tradicional, enquanto alguns filhos de Bolsonaro, como Flávio, buscam articulações eleitorais mais pragmáticas para garantir palanques estaduais competitivos.
O Centrão entende que o ex-presidente está numa situação de sobrevivência política e precisa formar alianças que fortaleçam o candidato de direita desejado por eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Esse grupo considera importante fechar alianças até mesmo com adversários, equilibrando pragmatismo e radicalismo. No Ceará, por exemplo, defendem que um palanque com Ciro Gomes é mais vantajoso que o de Eduardo Girão (Novo), apoiado por Michelle.
De acordo com a última pesquisa Quaest, Ciro teria 33% dos votos num possível segundo turno contra Lula (PT), percentual que pode ser maior no Ceará, reduto da família Gomes. Já Girão teve apenas 1% na disputa pela prefeitura de Fortaleza em 2024.
Por sua vez, Michelle, que preside o PL Mulher, discordou dessa estratégia e utilizou sua influência na base bolsonarista para desautorizar as aproximações com Ciro Gomes, como mostrou em postagens recentes.
No entanto, parte da direita que não quer Bolsonaro na chapa presidencial defende Tarcísio como candidato para 2026.
Esse grupo acredita que a família Bolsonaro disputa protagonismo nas decisões para 2026, mas que o radicalismo pode levar ao isolamento e à rejeição.
Eles sugerem que os nomes da família trabalhem para ocupar cadeiras no Congresso Nacional, mas não para integrar a chapa presidencial.
Créditos: G1