Corajoso homem que desarmou atirador na Austrália recebe mais de R$ 6 milhões em vaquinha
Uma campanha de arrecadação virtual foi criada no GoFundMe para homenagear Ahmed al Ahmed, o homem que desarmou um dos suspeitos do ataque ocorrido na Austrália, que resultou em pelo menos 15 mortos e mais de 40 feridos.
Em menos de 24 horas, a vaquinha arrecadou mais de US$ 1,2 milhão (aproximadamente R$ 6,5 milhões). Os organizadores afirmam que a iniciativa é uma demonstração de gratidão e apoio a alguém que mostrou coragem excepcional em um momento crítico.
O maior doador foi o bilionário americano William Ackman, que contribuiu com US$ 100 mil.
Ahmed também recebeu reconhecimento de autoridades globais, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, que o chamou de “uma pessoa muito, muito corajosa”.
O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, destacou Ahmed como um “herói da vida real” e compartilhou nas redes sociais imagens que mostram que ele está bem, apesar de ter sido ferido durante o ataque.
Os dois suspeitos do ataque na praia de Bondi, Sydney, eram pai e filho e foram encontrados com duas bandeiras do Estado Islâmico dentro do carro, segundo a polícia, conforme divulgado pela rede australiana ABC News.
O filho, que já havia sido investigado por terrorismo devido a suspeitas de ligação com uma célula do ISIS na Austrália, foi monitorado durante seis meses, mas posteriormente liberado por não apresentar uma ameaça contínua.
Em 2019, as autoridades australianas conseguiram frustrar um possível atentado associado aos suspeitos.
Vídeos nas redes sociais mostram cenas de pânico, com pessoas fugindo e o som dos tiros durante o incidente.
O governo australiano anunciou na segunda-feira (15) a intenção de implementar leis mais rigorosas sobre controle de armas após o ataque que, ocorrido durante uma celebração judaica, foi o pior massacre a tiros no país em quase 30 anos.
Um dos atacantes possuía licença para porte de armas desde 2015 e registrava seis armas, o que levantou preocupações sobre a necessidade de revisão da atual legislação, já considerada uma das mais restritivas do mundo.
O primeiro-ministro Anthony Albanese informou que seu gabinete concordou em fortalecer as leis sobre armas de fogo e estabelecer um registro nacional que definirá limites para o número de armas permitidas e duração das licenças.
Um dos atiradores foi morto no local, elevando o total de mortos para 16, enquanto o outro permanece em estado crítico no hospital. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados oficialmente, mas a polícia confirmou que um deles era previamente conhecido, embora não considerado uma ameaça imediata.
Entre os 40 feridos, dois policiais estão em estado grave, porém estáveis, e as vítimas têm idades que variam entre 10 e 87 anos.
A polícia investiga a possibilidade da existência de um terceiro envolvido. O comissário da Polícia de Nova Gales do Sul classificou o caso como um incidente terrorista.
Entre os mortos está um rabino britânico e uma vítima israelense. Dois policiais estão entre os feridos, incluindo um colaborador do jornal Jerusalem Post.
Os sobreviventes foram distribuídos em hospitais de Sydney. Até o momento, o Itamaraty informou que não há registros de brasileiros entre as vítimas.
O Conselho Executivo da Comunidade Judaica Australiana confirmou que o ataque ocorreu durante a celebração do festival de Hanukkah, que teve início ao pôr do sol.
As imagens divulgadas mostram um cenário de caos, com pessoas correndo e sons de tiros e sirenes. O primeiro-ministro Albanese descreveu as cenas como “angustiantes e chocantes” e garantiu que equipes de emergência permanecem no local para salvar vidas.
A polícia mantém a operação em curso e orienta a população a evitar a área de Bondi Beach.
Créditos: CBN Globo