Cultura e resistência marcam celebração do novembro negro em Currais Novos
Realizado pela Casa de Cultura Palácio do Minerador, mandato da Vereadora Rayssa em parceria com o NEABI (Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas) do IFRN Campus Currais Novos e o Conselho Municipal de Igualdade Racial, o evento “Memórias e Fazeres do Seridó Negro” foi uma noite para celebrar, reconhecer e valorizar a nossa ancestral que veio de África.
Para além de contribuições culturais, é necessário estimular a reflexão do significado de tudo o que envolve o povo negro. Um histórico de opressões, repressões e resistência. Falar sobre isso faz com que mais pessoas se reconheçam em sua raça e compreendam seu lugar na sociedade. Lugar de uma reparação histórica que está longe de ter um fim.
O evento, que iniciou na Praça Cristo Rei e seguiu para Casa de Cultura, reuniu diversas manifestações culturais e históricas que valorizam as raízes afro-brasileiras da região. A programação teve início com uma apresentação de maculelê, promovida pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da AABB Comunidade. Em seguida, o público prestigiou uma apresentação de capoeira, realizada pelo Grupo Cordão de Ouro.
Na Casa de Cultura, a abertura da exposição “Memórias e Fazeres do Seridó Negro” foi acompanhada por um pocket show do grupo Coisa de Preto e pela exibição de imagens do Projeto Heranças Amefricanas no IFRN/Currais Novos. Além disso, a Feira Mulheres do Seridó trouxe sabores e histórias, com exposição de comidas típicas e literaturas que dialogam com a riqueza da cultura afro-brasileira.
A exposição “Memórias e Fazeres do Seridó Negro” segue aberta ao público até o dia 30 de novembro, na Casa de Cultura, oferecendo uma oportunidade única de conhecer mais sobre as comunidades quilombolas, as irmandades do Rosário, o artesanato e elementos sagrados que simbolizam a riqueza e a resistência do povo afrodescendente.
Segundo Rayssa Batista, “o evento é um ato de resistência das histórias e saberes que tanto enriquecem a identidade do Seridó, além de uma oportunidade de promover o diálogo com a comunidade sobre a luta por igualdade racial.”