Cultura
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[Currais de Ontem]: Currais Novos era “Roliúde” – A história dos Cinemas

Um armazém de algodão na esquina das ruas Joventino da Silveira/Moisés Galvão foi o local que Benvenuto Pereira Filho, “Zuzu”, instalou o primeiro cinema de Currais Novos em 1920. O primeiro filme: Nas Garras do Leão, seriado americano de 1918 em 18 capítulos estrelado por Marie Walcamp e Ray Hanford. Ingresso: mil réis adulto, 500 réis criança. 

Com o fechamento deste, Zuzu abriu o “Cine União” na Praça Cristo Rei, que dividia espaço com o bar de Tonheca Tenente (Antônio Eduardo Bezerra). Em 1933, mudou o nome para “Cine Lux”, modernizando-o.

Com a ida de Zuzu para Recife, Othoniel Lopes de Vasconcelos Galvão tornou-se o gerente, e Sebastião Marques, o projetista. Foram gerentes: Luiz Bernardo, Rubem Chacon, Livar Santiago, Oscar Flamengo e Oto Soares de Araújo; Projeção: Manuel Coró, Severino Ramos e Adauto Dias; Manutenção: Paulo Varela; Portaria: Geraldo Catingueira e Iria Martins de Souza; e Bilheteria, Geralda Martins. 

Oscar Flamengo o renomeou como “Royal Cinema”, além de comprar uma máquina de 16mm. João Rodrigues era encarregado de ler as  legendas para os analfabetos. João Florêncio de Lima, que atendia a clientela de uma confeitaria vizinha, tornou-se cinéfilo, sendo apelidado de João Cinema. 

O moderno Cine-teatro Tomaz Salustino foi aberto em julho de 1955. Os filmes eram trazidos quinzenalmente de Recife por Manoel Cândido. Filmes com Mazzaropi, Costinha, Violeta Ferraz, Teixeirinha, Oscarito e Grande Otelo, fizeram sucesso. Oto Soares de Araújo, Benedito Targino, Medeiros Lula e José Gentil Cortez foram gerentes do espaço, que funcionou até 1973. 

Em 07.09.1978, Benedito Targino da Costa inaugurou o “Cine Espacial” com o filme “O Fusca Enamorado”. Na equipe, Ozéas Valentino (projetista), Maria da Guia Silva (portaria) e Maria de Lourdes Silva (bilheteria). O cinema fechou em 01 de janeiro de 1990 exibindo o filme erótico “Excitação Diabólica”. 

Por João Bezerra Jr. Jornalista\Historiador

Fonte: Os cinemas de Currais N. (Manoel Jaime Xavier F.); Meio século da roça à cidade: Antônio Othon Filho.