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Currais Novos relembra os 51 anos da maior tragédia de sua história: o desastre de 13 de maio de 1974

Nesta terça-feira (13), o município de Currais Novos, na região Seridó do Rio Grande do Norte, relembra com pesar os 51 anos da maior tragédia já registrada em sua história — o fatídico acidente ocorrido no dia 13 de maio de 1974, que ficou conhecido como o Desastre de Nossa Senhora de Fátima. O trágico episódio ocorreu por volta das 18h50, durante a parte final da tradicional procissão em honra a Nossa Senhora de Fátima, na principal avenida do bairro Paizinho Maria.

Um ônibus da empresa Princesa do Seridó, que retornava de Natal, sofreu uma falha nos freios e perdeu o controle, avançando contra a multidão de fiéis que acompanhava o cortejo religioso. O impacto foi devastador: 24 pessoas perderam a vida e dezenas ficaram feridas, em uma cena que marcou profundamente a memória coletiva da população currais-novense. Entre os mortos estavam homens, mulheres e crianças, muitos deles membros ativos da comunidade católica local.

A tragédia vitimou: Antônio Othon Filho (vulgo Dr. Nithon), Adelvina Cardoso, Aristeu de Araújo Dantas, Aureliana Maria da Conceição, Brígida Luiza Dantas, Francisca Dantas de Medeiros, Francisco Damião, Francisco Izidro de Lima, João Batista de Araújo, Leonízia Eulália de Macedo, Luzia Pereira de Araújo, Maria Agostinha dos Santos, Maria Antônia da Silva, Maria Elionaide Pinheiro Galvão, Maria Francisca de Jesus, Maria Lenice da Silva, Maria Luzia Garcia, Maria Tereza da Conceição, Rita Emília da Conceição, Rosa Soares da Silva, Severina Maria da Silva, Severino Vicente da Silva, Silvina Alves da Costa e Tereza Medeiros.

Um dos sobreviventes do acidente foi o então pároco da cidade, Monsenhor Ausônio Araújo, que escapou da morte ao ser puxado pela batina por um fiel no momento em que o veículo avançava sobre a multidão. O desastre de 13 de maio permanece como uma das páginas mais dolorosas da história de Currais Novos, sendo lembrado anualmente por familiares das vítimas, fiéis e autoridades locais, em missas e homenagens que buscam manter viva a memória daqueles que perderam suas vidas de forma tão trágica.