Daniela Lima: Divisão na direita pode enfraquecer candidatura em 2026
A fragmentação da direita e as incertezas em torno do papel de Flávio Bolsonaro podem prejudicar uma candidatura forte para 2026, segundo a colunista Daniela Lima, que analisou dados da pesquisa Quaest no programa UOL News – 2ª edição, do Canal UOL.
De acordo com Daniela, quando a oposição apresenta apenas um candidato forte, como Flávio Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas, os níveis de intenção de voto são semelhantes, mas a divisão do grupo enfraquece sua competitividade.
Ela afirma que a direita, o centro-direita e o centrão precisam se unir em torno de Flávio Bolsonaro ou convencê-lo a apoiar o candidato que for escolhido. A família Bolsonaro, ao criticar o candidato do grupo, causa um prejuízo significativo. Com a direita dividida, o cenário para 2026 fica bastante desfavorável.
A colunista destaca que, se houver um único nome da oposição, o percentual de votos varia entre 33% e 35%, um empate técnico entre os candidatos.
No caso da união da direita, tanto Flávio Bolsonaro quanto Tarcísio de Freitas alcançam essa mesma faixa de intenção de voto.
Por outro lado, quando a direita se fragmenta, Lula lidera com 41%, Flávio Bolsonaro tem 23% e Tarcísio atinge 10%. Essa divisão demonstra que o apoio mais consolidado à família Bolsonaro está entre 23% e 25%, conforme também apontado pelo Datafolha.
Daniela Lima reforça que a pesquisa Quaest evidencia uma dificuldade da oposição em crescer além de certo limite, tanto no primeiro quanto no segundo turno, tornando necessária uma articulação política para ampliar a base de apoio.
Ela alerta que as pesquisas refletem o momento atual e podem mudar com o tempo. Porém, o recado da Quaest é claro: caso a direita permaneça dividida para as eleições, as chances de Lula aumentar sua vantagem são grandes, o que facilitaria sua reeleição.
Segundo a pesquisa, nos cenários de segundo turno, a oposição parece começar no teto de sua pontuação, entre 35% e 36%, seja com um único nome competitivo do centro e direita.
A impressão atual é que a oposição inicia a disputa já com seu limite máximo, tornando muito maior o esforço necessário para chegar a uma maioria de votos, independentemente do candidato escolhido, conclui Daniela Lima.
Créditos: UOL